O chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, convidou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para passar a sua lua de mel no arquipélago, informou hoje a Presidência do Governo Regional, indicando que o convite foi endereçado por carta.
“Na carta enviada ao governante, Miguel Albuquerque assegura a Johnson que a ilha da Madeira é um destino seguro e recorda que, apesar das dificuldades, desde o início da pandemia, que é considerado mesmo o destino mais seguro da Europa”, refere em comunicado.
Boris Johnson e Carrie Symonds casaram-se em 29 de maio, numa pequena cerimónia privada em Londres, e o presidente do governo da Madeira recorda, agora, que a antiga governante britânica Margaret Thatcher também gozou a sua lua de mel na ilha, em 1951.
“Na carta, é lembrada a operação de triagem nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo para controlar as chegadas com teste de PCR negativo para o SARS-Cov-2 já feito ou, para quem não o tiver, o possa fazer depois de aterrar”, refere o comunicado, apontando também a criação da plataforma ‘online’ para viajantes “Madeira Safe”, uma aplicação que permite monitorizar o estado de saúde dos passageiros.
O presidente do Governo Regional destaca ainda a certificação do destino Madeira com o “Madeira Safe to Discover Certificate” e recorda que o executivo madeirense implementou o “Corredor Verde”, no qual passam os passageiros vacinados ou que já tenham tido a doença covid-19.
No fim, Miguel Albuquerque evoca os laços históricos que existem entre o Reino Unido e o arquipélago da Madeira.
A carta do governante madeirense foi enviada a Boris Johnson um dia antes da saída de Portugal, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, da “lista verde” de viagens internacionais do Governo britânico, o que aconteceu na terça-feira, às 04:00 e provocou a saída precipitada de mais de 25 mil turistas ingleses que passavam férias em Portugal. debandada de saída
Na quinta-feira, o Ministério dos Transportes britânico anunciou que Portugal passa para a “lista amarela” para “salvaguardar a saúde pública contra variantes preocupantes” e proteger o programa de vacinação britânico.
Num comunicado, o Governo britânico refere que, de acordo com a base de dados europeia GISAID, foram identificados em Portugal 68 casos da variante B1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia, denominada pela Organização Mundial de Saúde por variante Delta, “com uma mutação adicional potencialmente prejudicial”.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde da Madeira, o arquipélago, com cerca de 260 mil habitantes, regista 118 casos ativos de covid-19, num total de 9.499 confirmados desde o início da pandemia, e 72 mortos associados à doença.
A pandemia de provocou, pelo menos, 3.731.297 mortos no mundo, resultantes de mais de 173,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.036 pessoas dos 853.034 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.