Moçambique é ciclicamente afetado por calamidades naturais, como cheias, ciclones e seca.
O Governo moçambicano enfrenta um défice de mais de 818 milhões de meticais (11,6 milhões de euros) para obras de reconstrução após os danos provocados pelo ciclone tropical “Dineo” na província de Inhambane, a 15 de fevereiro.
O custo das obras está orçado em mais de 827 milhões de meticais (11,7 milhões de euros) e apenas uma pequena parte (nove milhões de meticais, 125 mil euros) foi coberta, explicou o porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Mouzinho Saíde.
“É um défice que implica atraso na reposição das condições de vida das pessoas afetadas, mas também com impacto nas instituições públicas e privadas, porque não podem trabalhar na sua máxima capacidade”, declarou o porta-voz do Conselho de Ministros moçambicano.
Mouzinho Saíde referiu que o Governo e os parceiros internacionais ainda estão empenhados na mobilização de recursos para atender às necessidades de reconstrução de infraestruturas destruídas pelo ciclone.
Por outro lado, para a resposta imediata à emergência, a angariação de verbas correu melhor, mas ainda assim faltam 106 milhões de meticais (1,5 milhões de euros) dos 605 milhões de meticais (8,6 milhões de euros) necessários, acrescentou aquele responsável.
De acordo com o Centro Nacional Operativo de Emergência de Moçambique (CENOE), a resposta imediata serve para dar condições básicas para as populações afetadas, nomeadamente, assistência alimentar, água potável e a instalação de infraestruturas de saúde e educação provisórias
O ciclone “Dineo” destruiu total ou parcialmente 2.200 salas de aula na região de Inhambane, no sul do país, afetando 160 mil estudantes, parte dos quais ainda estuda ao relento, segundo dados do CENOE.
O ciclone matou sete pessoas e feriu mais de 50, deixando 770 mil pessoas numa situação de vulnerabilidade, além de ter destruído 106 salas de aula e cerca de 70 unidades de saúde.
