Em Mineola, que tem um ‘mayor’ luso-americano, nascido no distrito de Aveiro, Paulo Pereira, o chefe do Governo, Luís Montenegro, elogiou o papel dos emigrantes como “capital ativo de Portugal espalhado pelo mundo” e prometeu-lhes mais apoio.
Segundo Luís Montenegro, o seu executivo está “a criar condições” para que a rede diplomática portuguesa faça “ainda mais no apoio direto à comunidade, para o exercício da participação política, cívica, para o acesso à informação, para o acesso à abertura de portas na administração americana que é necessária também no processo de integração”. O primeiro-ministro observou que não estava “a olhar para trás com sentido crítico”, mas sim “a olhar para a frente com ambição”.
“A nossa rede diplomática serve para isso e está empenhada, estará empenhada em garantir esse apoio a todas as portuguesas e portugueses que vivem aqui e a todos os seus descendentes”, reforçou.
Na estrada, à chegada a Mineola, Luís Montenegro foi recebido por duas bandeiras de grandes dimensões, de Portugal e dos Estados Unidos, içadas pelos bombeiros, um gesto que agradeceu e disse que jamais esquecerá e considerou ser “um abraço de solidariedade” na sequência dos incêndios da semana passada em Portugal.
O Mineola Portuguese Center, fundado em 1936 e atualmente presidido por John Vieira, já tinha recebido, em 2002, a visita do então Presidente da República Jorge Sampaio.
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, também esteve presente neste encontro, que foi organizado pela New York Portuguese American Leadership Conference (NYPALC), que agrega dezenas de organizações luso-americanas do estado de Nova Iorque e é presidida por Crystal Fernandes.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu um reforço da cooperação com os Estados Unidos da América, afirmando saber quem são os aliados de Portugal, e prometeu mais apoio aos emigrantes portugueses neste país num encontro com portugueses e lusodescendentes do estado de Nova Iorque, em Mineola, Long Island, logo depois de ter aterrado nos EUA, onde ficará até hoje à noite para participar na 79.ª sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações unidas (ONU).
“Numa altura em que o mundo vive tempos difíceis, tempos de incerteza, tempos de guerra, nós em Portugal, nós no nosso Governo sabemos quem são os nossos aliados, e nós somos um aliado dos Estados Unidos e sabemos que os Estados Unidos são um aliado de Portugal”, declarou, perante cerca de uma centena de pessoas, no Mineola Portuguese Center.
“E, para além de toda a preocupação que nós temos com a nossa comunidade, há uma preocupação que, como portugueses que somos, com o sentido humanista que nos caracteriza, com o sentido de respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades, pela democracia, eu também quero aqui assegurar: é que, ao nível das relações bilaterais e ao nível da nossa participação em organizações internacionais onde estamos em simultâneo, nós continuaremos a trabalhar no reforço da cooperação com os Estados Unidos da América. É, de facto, um dos parceiros privilegiados que nós temos na nossa política externa”, acrescentou.