A réplica fiel reabriu ao público na quinta-feira, após uma intervenção estrutural que durou seis meses.
Durante o século XVI, Vila do Conde atingiu um elevado grau de desenvolvimento comercial e marítimo, sobretudo graças aos estaleiros navais. A tradição associada aos Descobrimentos é preservada até hoje. Entre as embarcações mais representativas desse período encontra-se a Nau Quinhentista, um navio de alta borda, com 27,50 metros de comprimento e uma estrutura que se harmonizava com o casco.
Desde 2007, encontra-se ancorada nas águas do rio Ave uma réplica fiel da icónica embarcação. Construída nos estaleiros Samuel & Filhos, tornou-se um complemento valioso ao núcleo museológico Alfândega Régia – Museu de Construção Naval.
Nos últimos seis meses, esta recriação da Nau Quinhentista passou por uma intervenção estrutural, cujo investimento foi de 186 mil euros, e reabriu ao público a 5 de setembro. Para assinalar esta reabertura, Quinhentistao, permitindo que todos tenham a oportunidade de embarcar numa viagem até à Era dos Descobrimentos.
A reabertura da nau é um “símbolo da importância que o município atribui à conservação do património e também à atração turística”, afirmou o presidente da autarquia, Vítor Costa, na visita inaugural. O objetivo é alcançar os 50 mil visitantes anuais e aumentar o número de participantes das visitas de grupos escolares de 12 mil para 15 mil alunos.
A intervenção realizada abrangeu a manutenção estrutural da embarcação, a recuperação de pormenores históricos e a aplicação de técnicas modernas de conservação, garantindo a durabilidade do navio para as gerações futuras. Foram feitas melhorias também nos castelos de proa e popa, assim como no painel de popa, em ambas as laterais, na mastreação, poleame e cordame. O restauro foi efetuado nos estaleiros Samuel & Filhos, responsáveis pela sua construção.
