O aforrador tinha involuntariamente investido o dinheiro em obrigações do BES, mesmo tendo expressamente dito que queria produtos de baixo risco do Novobanco que nada tinham a ver com obrigações do BES que posteriormente ficaram sem valor quando o banco faliu em 2014. Tribunal da Póvoa do Varzim decidiu a favor do investidor que acusou os dois bancos de espoliá-lo.
O cliente pretendia investir 200.000€. A altura era ‘final de 2014’, explica a SIC, e depois do colapso do BES, e da ‘criação’ do chamado ‘banco bom’ Novo Banco com os ativos não tóxicos do BES.
Mas, apesar do pedido de produtos seguros, venderam-lhe obrigações do BES cujas obrigações, um ano depois, foram ‘retroativamente despejadas’ por ordem do Banco de Portugal: foram retiradas do Novobanco e transferidas para o que restava do BES (então conhecido como banco ruim ou tóxico).
O morador em Portugal afirma que, segundo relatos, a possibilidade de isso acontecer estava nas letras pequenas. Mas o cliente certamente não sabia disso, e agora o tribunal decidiu que os bancos violaram seu dever de informação ao não comunicar adequadamente esse risco ao investidor.
Os bancos, que alegam que o risco de isso acontecer estava claramente nas letras miúdas, vão recorrer da decisão do tribunal e o cliente pode nunca mais ver a cor do seu dinheiro.