A solidariedade dos portugueses com a Ucrânia tem vindo a ganhar cada vez mais expressão e, de norte a sul do país, as doações de alimentos, roupas e medicamentos não param de aumentar.
Nos últimos dias, vários camiões têm sido abastecidos com bens de primeira necessidade, partindo depois para Lviv, junto à fronteira com a Polónia, com o objetivo de ajudar os que deixaram tudo para trás devido à invasão russa. Pelo menos 25 camiões já saíram de Portugal com a ajuda de associações e iniciativas portuguesas.
As autarquias procuram implementar medidas de apoio aos deslocados. Lisboa, Vila Nova de Gaia, Baião e Guarda são algumas das localidades disponíveis a receber cidadãos ucranianos.
A Câmara de Lisboa vai abrir o refeitório municipal de Monsanto para apoiar os ucranianos e criar um centro de acolhimento de emergência num pavilhão da polícia municipal.
O município de Vila Nova de Gaia vai disponibilizar a pousada do Parque Biológico, com capacidade para cerca de 50 pessoas, para acolher as famílias que cheguem ao município num futuro próximo. Todo o apoio educativo, alimentar e psicossocial será fornecido às famílias e crianças deslocadas.
Advogados, notários e enfermeiros estão a oferecer os seus serviços de forma completamente gratuita aos cidadãos que chegam da Ucrânia.
Aos aeroportos vão chegando alguns dos que fugiram da guerra e procuram um pouco de paz. Enquanto outros decidem partir para defender o país da invasão russa. Anton Kryat vive em Portugal, mas sente que a terra mãe precisa de ajuda e irá voltar para combater em nome do seu país.
Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 800 mil pessoas fugiram da Ucrânia para a União Europeia e a tendência é que o número aumente. A ONU estima que este número chegue aos 4 milhões.