Portugal foi tradicionalmente uma terra de emigração: desde os processos de expansão imperial e colonização, passando pelo povoamento das Ilhas Atlânticas, pela colonização do Brasil (onde a maioria da população tem ancestralidade portuguesa) e dispersão noutras partes do Império (onde se formaram comunidades de origem parcialmente portuguesa, como em Goa os Goeses católicos, em Ceilão os Burghers portugueses, em Malaca os Cristang e em Macau os Macaenses, além das elites portuguesas ou mistas nas colónias africanas e em Timor)
A emigração económica para o Brasil já no século XIX e na primeira metade do XX foi muito significativa, bem como, em menor medida, para outras regiões da América (Estados Unidos da América, Canadá, Caraíbas, Havai). A partir de 1960, a emigração metropolitana destinou-se principalmente para os países mais desenvolvidos da Europa Ocidental (Suíça, Alemanha, França e Luxemburgo), enquanto a emigração madeirense rumava para a África do Sul e para Venezuela, ao mesmo tempo que os açorianos preferiram os Estados Unidos e Canadá.
Além dos 10 665 000 portugueses residentes em Portugal, presume-se existirem quase cinco milhões mais espalhados pelo mundo, quer de primeira geração, quer luso-descendentes recentes, formando assim um total de cerca de quinze milhões de portugueses.
De acordo com dados da Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, os países com maiores comunidades portuguesas são, por ordem crescente de importância demográfica, a França, o Brasil e os Estados Unidos (caso se considerem, no cômputo dos luso-americanos, aqueles que descendem de portugueses em graus variados).