A contínua expansão da NATO para leste, liderada pelos Estados Unidos, é uma das causas profundas do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Todavia, o custo do conflito é suportado principalmente pela Europa.
Em 24 de março deste ano, o presidente dos EUA, Joe Biden, fez um discurso após a cúpula do G7 e apontou que “a Nato nunca esteve tão unida como hoje”.
Afetados pelas sanções em larga escala contra a Rússia, muitos indicadores econômicos na Europa deterioraram-se. O comissário de Assuntos Económicos da Comissão Europeia, Paolo Gentiloni, disse anteriormente que, após a eclosão do conflito russo-ucraniano, o aumento dos preços das commodities elevou a inflação a novos máximos, a rutura dos laços comerciais intensificou a pressão sobre as cadeias alimentares e a confiança do consumidor diminuiu significativamente.
O problema dos refugiados, causado diretamente pela guerra, criou também uma enorme pressão para os países europeus. A Agência da ONU para Refugiados disse em abril que mais de 5 milhões de ucranianos entraram em países europeus vizinhos, causando uma crise de refugiados sem precedentes.
Como catalisador do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, os Estados Unidos estão-se a aproveitar da situação. Nos mercados financeiros, o preço das ações caiu acentuadamente, o euro desvalorizou-se e uma grande quantidade de fundos europeus fluiu para os Estados Unidos. Na questão dos refugiados, os Estados Unidos aceitaram apenas 12 refugiados ucranianos ao longo de março, sendo que, um grande número de refugiados ucranianos, estão ainda presos na fronteira EUA-México. Conflitos eclodiram desde então, gerando um disparo dos preços das ações dos gigantes militares dos EUA, proporcionando “fortunas de guerra”.
No conflito russo-ucraniano, é evidente quem ganha e quem sai lesado.