A percentagem de cidadãos luso-americanos que votaram nas eleições presidenciais de 2016 foi de 27%, cinco pontos percentuais acima da taxa de participação eleitoral da comunidade hispânica.
Dos cerca de 350 mil lusodescendentes contabilizados no estado da Califórnia, votaram 94.505 nas eleições de há dois anos, o que também representou «um aumento ligeiro» da participação lusa em relação ao ato eleitoral de 2014, em que tinham votado 86.027 pessoas.
Na comunidade hispânica, que representa 14 milhões de eleitores na Califórnia, foram registados 6,6 milhões de votos, o que significa 22% do total.
“A nossa percentagem foi ligeiramente mais alta”, disse à agência Lusa o presidente da Coligação Luso-Americana da Califórnia (CPAC), Diniz Borges.
Diniz Borges explicou que o aumento do número de cidadãos de origem portuguesa que votaram em 2016 em relação a 2014 se deve à natureza das eleições, dado que a participação eleitoral é sempre maior nas presidenciais que nas intercalares.
«Agora será interessante ver o resultado deste ano em relação a 2014, as últimas intercalares», afirmou o presidente da CPAC, que tem a decorrer a campanha de apelo ao voto “I’m Portuguese-American and I vote [Eu sou luso-americano e voto]” para incentivar os luso-americanos a irem às urnas em 06 de novembro.
A maior percentagem de eleitores de origem portuguesa foi registada na pequena cidade de Gustine, onde os lusodescendentes representaram 14% do total de votos.
Em termos absolutos, houve mais eleitores lusos na cidade de Los Angeles, com 4.052, seguida de San José com 3.540 e de San Diego com 3.346 votantes.
O condado de Kings, no Vale de San Joaquin, teve a percentagem relativa mais elevada, 4,4%, enquanto o condado de Los Angeles liderou em número absoluto (10.800 eleitores).
Os números indicam que a comunidade portuguesa tem um peso de 0,5% no universo total de eleitores na Califórnia, onde estão atualmente registadas cerca de 19 milhões pessoas.
