Terminou ontem a 29.ª Cimeira Ibérica que decorreu no Douro e em Vila Real.
A Cimeira Ibérica terminou ao fim de dois dias no Solar de Mateus, em Vila Real, com o primeiro-ministro de Portugal e o de Espanha lado-a-lado.
Em declarações aos jornalistas, António Costa disse que o “tema principal” da reunião foi a “cooperação transfronteiriça” que teve um objetivo “muito ambicioso: fazer com que a nossa fronteira deixe de ser uma linha de separação e passe a ser um ponto de união entre os nossos países, povos, universidade e empresas, de forma a criarmos uma verdadeira comunidade ibérica”.
Nesse âmbito, o primeiro-ministro português apresentou aquelas que foram as seis áreas que estiveram em cima da mesa de discussão: a segurança, a área científica e do Ensino Superior (o objetivo é a criação de cursos e graus conjuntos, bem como o uso comum de infraestruturas) e a área do emprego e formação. Relativamente a esta última, António Costa fez questão de sublinhar que “dois terços dos novos postos de trabalho criados na zona euro foram criados em Espanha e Portugal”.
O primeiro-ministro enumerar a lista dos pontos de discussão, como a economia social, a energia (será concluído “este ano um acordo sobre o mercado ibérico de gás”) e, por fim, o ambiente, referindo que é altura de atualizar a Convenção de Albufeira, e revelou ainda que os dois países vão apresentar “conjuntamente mais uma candidatura à criação de uma nova reserva da biosfera transfronteiriça”, lembrando que existem 15 em todo o mundo e que duas são na Península Ibérica.
Para terminar, o chefe do executivo disse aos jornalistas que foi feito um “ponto de situação sobre investimentos de um lado e do outro da fronteira para reforçar as ligações rodoviárias e ferroviárias”, destacando que, já na próxima semana, vai dar início à “obra de requalificação da ponte sobre o Guadiana, em Vila Real de Santo António”.
Em relação às ligações ferroviárias, foi feito um ponto de situação do calendário que permitiu concluir que os três principais troços ferroviários (Porto-Vigo, Aveiro-Vilar Formoso e Sines-Caia) vão ser alvo de intervenção entre 2018 e 2021.
































