A Agência Nacional de Inovação (ANI) assume, em 2020, a presidência da TAFTIE (The European Network of Innovation Agencies), associação com 31 agências de inovação que representam um orçamento de nove mil milhões de euros (ME) de apoio público à investigação tecnológica e inovação.
Esta rede, que reúne 28 países europeus e conta com quatro parceiros internacionais (no Brasil, Canadá, Coreia do Sul e Japão), tem como objetivo potenciar a melhoria dos serviços e instrumentos de apoio às empresas, bem como o aumento de desempenho das suas agências-membro, promovendo a aprendizagem mútua e a colaboração.
Sob o lema “Building Bridges for the Future”, a ANI definiu quatro prioridades para a sua presidência: a promoção da cooperação interna, o fomento da colaboração internacional (sobretudo com a Comissão Europeia), a reafirmação dos objetivos de influência da TAFTIE sobre a política de inovação europeia e uma melhor definição do papel das agências de inovação.
Ao longo do ano, irá organizar quatro eventos que trarão a Portugal peritos de todo o mundo no incentivo à inovação e que contribuirão para o desenvolvimento de uma estratégia de médio a longo-prazo para a TAFTIE.
A presidência da ANI acontece num momento de transição entre programas-quadro da Comissão Europeia para apoio à investigação e inovação (I&I). Com um montante previsto de 92 mil milhões de euros (M€), o orçamento do novo programa-quadro (Horizonte Europa), que vigorará entre 2021 e 2027, será o maior de sempre e deverá ultrapassar o do Horizonte 2020 em perto de 25%.
Além disso, englobará um pilar de apoio exclusivo à inovação nas PME, virado para as empresas inovadoras, com capacidade de tolerância ao risco e com ambição de crescer, com um orçamento previsto de 13,5 mil M€, centrado no novo Conselho Europeu de Inovação (EIC – European Innovation Council).
O Programa-Quadro de I&I da UE é, desde há décadas, o segundo maior programa da Comissão Europeia em termos orçamentais e tem como objetivo tornar a Europa na economia mais competitiva do mundo.
«O papel das agências de inovação adquire uma grande relevância no Horizonte Europa porque vão ser criados instrumentos de financiamento combinados entre a Comissão Europeia e as agências regionais e nacionais para alinhar prioridades regionais, nacionais e europeias», destaca o Presidente da ANI, Eduardo Maldonado.
Deste modo, «aumentará o alcance e o impacto dos fundos junto das empresas e de outros atores que desenvolvem I&D. Além disso, estão previstos mecanismos de ‘via verde’ de acesso a instrumentos europeus para projetos certificados pelas agências nacionais. É necessário promover um diálogo próximo entre as agências nacionais e a Comissão Europeia, que a ANI vai poder liderar em 2020 no âmbito da presidência da TAFTIE», aponta o responsável.