Os grandes eletrodomésticos beneficiaram de ‘um maior dinamismo do setor imobiliário’ e cresceram cerca de 8,1% face a 2015. Os tablets, por outro lado, registaram uma quebra de 25% em comparação com o ano anterior.
A venda de Bens de Consumo Tecnológicos (BCT) em Portugal registou um aumento de 3,4% em 2016, face a 2015. Os dados são do painel da GfK, que monitoriza estes mercados e revelam ainda que há uma queda nas vendas nos setores de fotografia e informática.
Nas telecomunicações, o destaque vai para o Natal que foi particularmente forte para a categoria, que cresceu quase 13%, no último trimestre de 2016. O crescimento em vendas nos equipamentos de telecomunicações foi mais 6,7%, face a 2015, mas a fotografia e o setor de informática (TI) apresentam as piores performances no ano, com quedas nas vendas de 10% e 5,1% por cento, respetivamente.
Segundo o estudo da GfK, a explicação para a queda das vendas na fotografia surge pela substituição de máquinas fotográficas pelos smartphones e pela maior manutenção dos aparelhos, prolongando a vida dos mesmos.
Já no setor informático, os dados revelam que os portugueses compraram ligeiramente menos computadores portáteis em 2016, em valor, comparando com 2015. Quanto aos tablets comprou-se quase -25%, em valor, face ao ano anterior. No entanto, verifica-se a aquisição de novos monitores para os computadores ainda que não seja suficiente para uma evolução positiva nas vendas do mercado TI, em 2016.
O ano de 2016 foi particularmente positivo para o segmento das televisões crescendo 6,8% em valor, face a 2015. Ou seja, cerca do dobro do crescimento do mercado total BCT, em Portugal. O mercado de colunas e das docking/ mini speakers também tem crescido principalmente devido à preferência por ouvir música em formato digital.
De acordo com a análise conduzida pela analista, estes valores são o espelho de uma retoma nas compras dos portugueses que é, em parte, “causado pelo maior dinamismo do setor imobiliário”. Este fenómeno deverá ter tido um impacto direto na compra de grandes eletrodomésticos, por exemplo, essenciais à reconstrução e ao equipamento de casas novas. Prova disso é o crescimento acentuado registado nos produtos de encastre. Os secadores de roupa, por sua vez, foram o maior sucesso deste segmento com um crescimento na ordem dos dois dígitos.
































