O Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Cabo Verde aumentou 70% no primeiro semestre de 2021 para 45,5 milhões de euros (5.042 milhões de escudos), e cerca de um quarto desse valor é de investimento português, essencialmente no sector do turismo.
O IDE em Cabo Verde, que inclui também participações, lucros reinvestidos e outro capital, voltou a ser liderado no primeiro semestre de 2021 por Portugal, com 1.246 milhões de escudos (11,2 milhões de euros), aplicados essencialmente no sector do turismo.
Um relatório estatístico do Banco de Cabo Verde (BCV) deste mês, refere que o arquipélago captou, de Janeiro a Junho deste ano, mais de 5.042 milhões de escudos (45,5 milhões de euros) em investimento estrangeiro, cerca de metade no sector do turismo, valor que compara com os quase 2.927 milhões de escudos (26,4 milhões de euros) no primeiro semestre de 2020, já com os efeitos da crise provocada pela pandemia de covid-19.
No ano completo de 2020, o IDE em Cabo Verde caiu 32,5% para cerca de 63,6 milhões de euros (7.080 milhões de escudos), quando comparado com 2019.
No primeiro semestre de 2021, depois de Portugal, Espanha foi o país que mais investiu em Cabo Verde, com 5,1 milhões de euros (cerca de 566 milhões de escudos), aplicados nas áreas do turismo, da indústria e da construção, cerca de metade do que foi investido por portugueses.
Segue-se Itália, que no mesmo período investiu cerca de um milhão de euros (119 milhões de escudos), segundo dados do BCV.
No histórico do IDE em Cabo Verde, Portugal e Espanha lideram há vários anos, com o investimento espanhol a incidir sobretudo nos sectores da hotelaria e da pesca.
De acordo com dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve atividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.
