O Governo pretende estender à Suíça e a outros países o programa de ensino complementar de português, atualmente a ser desenvolvido no Luxemburgo e na África do Sul.
José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, declarou que está em estudo a possibilidade de instituir o ensino complementar noutros países, uma vez que «a experiência no Luxemburgo vai ter bons resultados».
Na audição na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, José Luís Carneiro afirmou que «temos vindo a trabalhar concomitantemente nestas duas dimensões de trabalho (ensino integrado e língua de herança) ao nível da promoção e defesa da língua portuguesa, nomeadamente do ensino básico ao secundário».
De acordo com o governante, no Luxemburgo trabalha-se «numa alternativa que tem bons resultados» com mais 540 alunos em 2017 que no ano anterior. O projeto neste país será consubstanciado numa «edição para demonstrar os resultados que tem vindo a ter, nomeadamente nas metodologias e as abordagens que foram introduzidas nesta modalidade de ensino e, avaliada que esteja» poderá ser estendida a outros países.
Inserido no sistema de educação luxemburguês sem pagamento de propina, o ensino complementar funciona desde 2017 e no presente ano letivo conta com 25 professores, quase 2970 alunos e 233 cursos.
A instituição do ensino complementar de português na Suíça, refúgio de uma larga comunidade de portugueses, é pretendida uma vez que «a oferta do ensino da língua portuguesa está colocada ao nível dos cantões, o que exige uma diversidade, não apenas do ponto de vista dos conteúdos e das metodologias de ensino da língua portuguesa, mas também uma diversidade muito significativa, porque tem de ser de vários níveis para corresponder à diversidade linguística e administrativa que ocorre na Suíça» disse José Luís Carneiro.