O vice-presidente internacional do Conselho Chinês para a Cooperação em Ambiente e Desenvolvimento defendeu que a experiência de Portugal no desenvolvimento das energias renováveis ‘é relevante’ para a China.
Achim Steiner, antigo diretor executivo do Programa da ONU para o Ambiente, falava aos jornalistas no âmbito do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa).
“A experiência de Portugal na introdução e transição para as energias renováveis é relevante para qualquer país, incluindo a China, que pretenda atingir 80 a 90% de produção de eletricidade através de energias renováveis”, sublinhou.
Portugal recorreu a “uma variedade de instrumentos com os quais encorajou este crescimento notável das energias renováveis e na geração de eletricidade, tornando-se atualmente num dos países mais avançados no mundo industrializado, na diminuição da dependência de energias fósseis”, afirmou.
“A gestão de uma rede nacional para garantir a integração e passagem às energias renováveis é crítica e Portugal socorreu-se de sistemas de armazenamento, que lhe permitem regular a produção de energia elétrica onde é mais necessária”, explicou.
Steiner sublinhou que o desenvolvimento da chamada economia verde como parte de uma estratégia de recuperação económica, “durante uma crise económica e financeira”, foi uma experiência importante para que Portugal, “um pequeno país e economia, se posicionasse no mundo”.
A “economia verde” representa, para Achim Steiner, adotar “uma série de estímulos a curto prazo e um investimento estratégico a longo prazo, para tornar a economia mais eficiente do ponto de vista doméstico e mais competitiva a nível internacional”.
“No meio de uma crise económica e financeira, Portugal adotou uma política de estímulos a setores da economia verde como parte da estratégia de recuperação” e de “posicionamento no mundo”, destacou.