Este sábado, dia 9, realiza-se o XIV Capítulo da Real Confraria da Matança do Porco, um evento anual que decorre no Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo.
A Confraria da Matança do Porco defende “a preservação dos usos e costumes que se têm vindo a perder e que constituem a identidade de um povo e da nossa região”. “São o reflexo de modos de vida e épocas, mas especialmente a prática de valores humanistas como a igualdade, liberdade e fraternidade entre pessoas e comunidades, a que a evolução dos tempos dita o desuso e o esquecimento”, refere a Confraria.
Pretende-se, com este evento, juntar os participantes, confrades ou não, em redor de uma causa, em ambiente familiar, partilha e confraternização.
O evento tem início logo pela manhã com o desjejum, um pequeno-almoço recheado de iguarias relacionados com o porco e que chama à atenção para uma gastronomia tradicional que apela ao aproveitamento integral da rês.
O programa inclui missa, seguindo-se a foto de “família” no contexto natural do parque biológico.
A recriação da matança tradicional, momento alto do evento, decorre a partir das 12h00, com uma encenação a cargo do Grupo Etnográfico Tecedeiras dos Moinhos e numa parceria com a Fundação ADFP, entidade impulsionadora desta Confraria.
O “Jantar da Matança” começará às 14h30 no Hotel Parque Serra da Lousã, com uma ementa tradicional e com base na carne de porco, privilegiando a integração dos vinhos da Fundação ADFP.
Constituída em 2007, em Miranda do Corvo, por iniciativa da Fundação ADFP, a Real Confraria da Matança do Porco surgiu para “afrontar a política fundamentalista da ASAE, nessa época, que parecia querer condenar à extinção de produtos e práticas tradicionais que fazem parte da memória coletiva nacional”.
Atualmente, a Confraria conta com cerca de centena e meia de confrades, muitos deles com ligações profissionais e afetivas à entidade fundacional e a Miranda do Corvo.
