Esta visita oficial, qualificada como visita de Estado pelas autoridades sul-africanas, decorre no âmbito das comemorações do Dia de Portugal na África do Sul, que Marcelo Rebelo de Sousa iniciou segunda-feira, na Cidade do Cabo, e que se prolongará até hoje, quarta-feira.
No palácio presidencial, Union Buildings, em Pretória, decorreu uma cerimónia de receção, um encontro a dois entre os presidentes, posteriormente alargado às respetivas delegações e a assinatura de um acordo bilateral na área da Defesa.
Antes do almoço oficial, foi agendada uma conferência de imprensa conjunta de Marcelo Rebelo de Sousa e Cyril Ramaphosa.
À tarde, Marcelo Rebelo de Sousa depositou uma coroa de flores no memorial do Parque da Liberdade.
A última vez que um Presidente português esteve na África do Sul foi há dez anos, em dezembro de 2013, quando Aníbal Cavaco Silva se deslocou a Joanesburgo para as cerimónias fúnebres do histórico líder antiapartheid e primeiro Presidente negro do país, Nelson Mandela.
Quanto ao número total da população portuguesa residente neste país, existem estimativas díspares, que variam entre 200.000 e 450.000, incluindo os descendentes de portugueses.
Portugueses querem futuro seguro na África do Sul
O Presidente da República tem afirmado que os portugueses residentes na África do Sul querem ficar no país e ter um futuro seguro, mensagem que prometeu levar ao seu homólogo sul-africano.
Marcelo Rebelo de Sousa, chegou à África do Sul para as comemorações do Dia de Portugal, e falou na Cidade do Cabo, num encontro com centenas de portugueses e lusodescendentes na Associação Portuguesa do Cabo da Boa Esperança.
Na intervenção, o chefe de Estado referiu-se à preocupação dos emigrantes na África do Sul com a ausência de uma ligação aérea direta a Portugal: “Pelo que entendi, hoje passei pelo Dubai para chegar aqui. Vai-se para o leste para depois vir para o sul. Seria melhor ser mais direto”, disse.
Marcelo Rebelo de Sousa prometeu dizer ao Presidente da África do Sul “que esta comunidade quer ficar aqui, vai ficar aqui e quer ter futuro aqui”.
“Queremos que exista esse futuro, um futuro com condições económicas, sociais e de segurança. Queremos isso. E queremos estreitar as relações com a África do Sul, bilateralmente, o que é muito importante. E o vosso papel é decisivo”, acrescentou, dirigindo-se às centenas de emigrantes portugueses presentes nesta cerimónia.