«O papel de Macau tem uma ligação incontornável na relação com a China. É um caso de estudo daquilo que deve ser o diálogo entre as nações», disse o embaixador, numa videoconferência organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC), lembrando que «a relação com a China é mais vasta do que Macau e não pode ser um livro de nostalgia».
O diplomata, que falava a uma centena de empresários e gestores sobre “As Relações Bilaterais e a Nova Fase da Parceria Estratégica”, evento que se realizou no âmbito do ciclo “Connecting China to Portugal”, organizado pela CCILCA, desafiou assim os empresários a construírem “um novo legado e um novo futuro”.
José Augusto Duarte admitiu, no entanto, que no quadro do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa há atualmente o desafio de «aliviar as barreiras alfandegárias» nas exportações que passam por Macau para a China continental.
Os países de língua oficial portuguesa, ao exportarem para a China Continental através de Macau, enfrentam uma dupla tributação e novas barreiras alfandegárias.
«Temos aqui um desfio e seria bom aliviar as barreiras alfandegárias», prosseguiu, realçando o papel do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau).
Atualmente, muitos dos países de língua oficial portuguesa exportam para a China sem passarem por Macau, nomeadamente devido a esta situação.