Medalha de ouro em Seul em 1988 e bronze nos jogos de 1984 em Los Angeles – ambas na maratona -, Rosa Mota já carregou duas vezes a Tocha Olímpica, primeiro em 2004 e depois em 2016.
Rosa Mota, recordista da maratona e lenda de uma das provas mais importantes do atletismo, carregou a tocha olímpica naquela que é a primeira etapa da chama na capital francesa, a poucos dias do arranque dos jogos olímpicos de Paris.
Ao microfone de Rodolphe Oliveira, a campeã olímpica expressou o seu orgulho por carregar novamente a chama e agradeceu o carinho da comunidade portuguesa radicada em França.
“Quero mesmo que seja um momento inesquecível para todos nós e agradecer mais uma vez o carinho que me tem dado sempre ao longo da minha carreira”, disse Rosa Mota, na ponte Bir-Hakeim, perto da Torre Eiffel, no local de partida da sua etapa com a chama olímpica.
“De todos os símbolos do olimpismo, os anéis, a bandeira, o hino, o próprio lema, o que mais me fascina é a chama olímpica e poder partilhá-la numa das cidades com a maior comunidade portuguesa. É um grande momento e dedico-o também ao nosso querido país,” acrescentou a maratonista em declarações à imprensa, antes de encetar a sua etapa rumo ao 13° bairro de Paris com a tocha.
Nascida a 29 de junho de 1958 no Porto, Rosa Mota é uma maratonista que fez história em Portugal e no mundo. Vencedora do bronze em 1984 nos jogos de Los Angeles, Rosa Mota conquistou o ouro em 1988 nos Jogos Olímpicos de Seul e em 1990, realizou um novo feito, conquistando pela terceira vez o título europeu (que já tinha ganho por duas vezes na década anterior).
Antes de chegar a Paris, a tocha percorreu mais de 400 cidades, designadamente Marselha, cidade que inaugurou esse percurso a 9 de maio. A chama passou pelas mãos de diversas personalidades desportivas, científicas e artísticas, nomeadamente o antigo futebolista e campeão do mundo Thierry Henry, a antiga atleta francesa Marie Josée Perec ou ainda o astronauta Thomas Pesquet.
Recorde-se que os Jogos Olímpicos de Paris decorrem entre os dias 26 de julho e 11 de agosto, sendo que os paralímpicos devem realizar-se de 28 de agosto a 8 de setembro. A capital francesa espera acolher um total de 15,3 milhões de visitantes para estes dois eventos.