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Portugal pouco habituado a discutir salários, envergonhado com o recibo de vencimento a cada mês, finalmente descobriu que milhões de trabalhadores vivem com menos de 1.000 euros.

Novembro 26, 2022
em Destaque
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salarios jornalistas

A discussão sobre o salário de Paulo Raimundo, o novo Secretário-Geral do PCP, e de outros funcionários do Partido Comunista, tem gerado uma onda surpreendente de chacota. O salário de cerca de 750 euros (líquidos) indignou muitos, do anónimo nas redes sociais, às grandes estrelas do jornalismo e do humor, ao ponto de termos visto Ricardo Araújo Pereira literalmente gozar com quem trabalha, lá está, quando Raimundo afirmou que a sua maior preocupação era não conseguir pagar a hipoteca quando o valor da Euribor fosse atualizado no próximo Abril.

Ele e mais 93% dos que têm créditos à habitação estão em risco de incumprimento e podem ver as suas casas arrestadas pelos bancos (que tiveram 4,4 milhões de lucro/dia em 2022 em Portugal). Assistimos a este filme em 2009. Parece que haverá um remake.

Segundo o Banco de Portugal, “os portugueses vão pagar mais 130 milhões de euros em prestações de crédito até final de 2023, um aumento de 33%” (Observador). Segundo o Banco Central Europeu, “um aumento de 10% no custo de vida básico, não sendo compensado por um aumento de rendimento, reduz o poder de compra em mais de 20% para as famílias de rendimentos mais baixos e aumenta a taxa de esforço com a habitação em maior proporção” (Idealista). As famílias com menores rendimentos gastam 70% do orçamento em despesas básicas – alimentação, energia e habitação. Vivem para comer e pagar contas. Não sobra nada no fim do mês.

No seu podcast, Daniel Oliveira voltou à carga com o Secretário-Geral, insistindo desta vez no “salário médio”, afirmando que muito pouca gente vive com 750 euros. Raimundo respondeu que “75% dos trabalhadores vive com menos de 1000 euros, depois dos descontos são 800 e picos” e que mais de “2 milhões ganham menos de 800”.

Acrescento: mais de 2 milhões ganha entre 600 e 800 euros; mais de 1,6 milhões vive abaixo do limiar da pobreza (menos de 540 euros/mês). Trabalham, mas o salário não dá para viver.

Uma excelente razão para rirmos todos, e muito, com bastante humor e gargalhadas, da infelicidade alheia. Parece 2009 all over again, em que policiar salários, virar trabalhadores uns contra os outros em disputa pela última migalha, e gozar com os pobres era o prato do dia das elites. Continua a ser: enquanto o esforço da espiral inflacionária, a grave crise na habitação, valores exorbitantes de energia caírem sobre os mais pobres (que continuam a aumentar), as elites do jornalismo e do humor vão gargalhar no seu conforto. É precisamente porque esta infelicidade lhes é “alheia” que eles riem.

Num país com baixa taxa de sindicalização, onde a contratação coletiva está cada vez mais ameaçada, em que as pessoas estão pouco habituadas a discutir e negociar salários, em que os trabalhadores têm medo de represálias se lutarem por direitos laborais, e sobretudo, envergonhados pelo valor do recibo de vencimento a cada mês, finalmente se descobriu que milhões de trabalhadores vivem com menos de 1000 euros.

Curiosamente, muitos destes trabalhadores são jornalistas. Em Setembro, o jornalista do Público, João Pedro Pereira, criou um Google Doc para que, de forma anónima, jornalistas em Portugal pudessem preencher informação sobre o seu salário (incluindo anos de trabalho, meio de comunicação e extras, como seguros ou subsídios).

O resultado só é surpreendente para quem desconhece o estado dos salários indigentes e a precariedade no jornalismo português. É assim há mais de 20 anos. A média não ultrapassa os mil euros, muitos já incluindo subsídios ou isenções de horário. Um fotojornalista na Global Media (dona do DN, JN, TSF) com mais de 20 anos de carreira faz 720 euros. Há jornalistas na Cofina (dona do Correio da Manhã) com mais de 15 anos a ganhar 762 euros; um na TSF a fazer 870 (já com subsídio de refeição). Editores na CNN a fazer 944 euros. No Público, jornalistas com 6 a 10 anos de casa, recebem uma média de 950 euros limpos.

Quem parece ganhar “bem” (por comparação) são os editores (não há informação sobre diretores), e muitos vieram para as redes sociais gozar com o salário dos funcionários do PCP. Quando os editores, diretores e as estrelas do jornalismo português se deslocam para as mesas espelhadas do comentariado nacional (na televisão ou no Twitter) certamente não se cruzam todos os dias nas redações com trabalhadores precários, a recibos verdes, contratos a termo, longas horas no lombo por causa da “falta de pessoal” que, feitas as contas, levam para casa 800-900 euros.

Em Lisboa e no Porto, nem conseguem pagar casa. E, dos maus transportes à desregulação de horários, muitos são obrigados a ter carro para poder trabalhar. A única explicação para a chacota com os salários de tantos, incluindo eles mesmos, é fazerem jornalismo a partir de casa, ao telefone em teletrabalho. Uma classe sem rua, nem espelho, nem consciência de classe.

Vá lá, alguns até recebem um telefone, um cartão do supermercado ou um seguro de saúde. Porque a pluralidade e a concentração dos media ajuda. No poupar é que está o ganho: entre seguradoras, distribuição alimentar, energia e telecomunicações, estão todos dentro do mesmo grupo económico. Com condições laborais assim, é mais fácil ser frágil, estar isolado, ser dependente (em todos os sentidos). E continuar a escrutinar os pobres em vez dos que, afinal, lhes comem as papas na cabeça.

Raquel RIBEIRO / Contacto

 

Raquel Ribeiro, entre a Europa e a América Latina

Raquel Ribeiro nasceu no Porto, em 1980. É jornalista e escritora. Doutorou-se no Reino Unido com uma tese sobre a ideia de Europa na obra de Maria Gabriela Llansol. Foi colaboradora do jornal Público, foi bolseira Gabriel García Márquez da Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano, na Colômbia, e da Universidade de Nottingham, com o projeto War Wounds, sobre testemunhos da presença cubana na guerra civil de Angola. Viveu em Cuba e no Reino Unido. “Este Samba no Escuro” é o seu segundo romance. Deu aulas em Oxford e Edimburgo. É investigadora do Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova da Lisboa.

Texto: Raquel Ribeiro

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