A VII conferência de estatística da CPLP realiza-se de dois em dois anos e com caráter rotativo.
A diretora do Instituto Nacional de Estatística (INE) são-tomense considerou as estatísticas como “ferramenta essencial” na gestão e avaliação da sustentabilidade dos países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP).
“Os indicadores estatísticos são ferramenta essencial na gestão e avaliação da sustentabilidade dos países, regiões, comunidades locais, atividade económica, organizações públicas e privadas, de políticas, projetos, produtos e serviços dos nossos países”, disse Elsa Cardoso na VII conferência de Estatística da Comunidade da CPLP, cujos trabalhos iniciaram-se ontem.
Com a duração de três dias, o evento tem como tema “Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e os desafios que se colocam aos institutos de estáticas da CPLP” e decorre em simultâneo com a reunião dos presidentes e diretores gerais dos institutos de estatísticas da comunidade.
Elsa Cardoso sublinhou ainda que governança, segurança, paz e ambiente incluem-se igualmente na agenda deste fórum, sublinhando, contudo, que o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação tem ditado novas regras de funcionamento nos sistemas estatísticos em cada um dos países membros da CPLP.
Os participantes estão a refletir sobre as mudanças nos institutos de estatísticas da CPLP e vão demonstrar em que medida aqueles departamentos estão preparados para acompanhar e monitorar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O ministro das Finanças, Comércio e Economia Azul são-tomense, Américo Ramos, que fez a abertura do evento, lembrou que o seu governo se inspirou nas agendas 2030 e 2063 das Nações Unidas para produzir a Agenda de Transformação de São Tomé e Príncipe, submetida aos parceiros durante a conferência de Londres (STP In London) em meados de 2015.
Dois painéis vão dominar os três dias de trabalho desta VII conferência, designadamente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, desafios e capacidade de respostas das estatísticas da CPLP, bem como as inovações na nova ronda de censos da população e habitação.
O que mudou nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o papel do Instituto Nacional de Estatística na Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e segurança alimentar são alguns dos vários temas em debate.