Um empresário português foi encontrado ontem (11 de novembro) morto, nas imediações de Maputo, depois de ter sido raptado e pago o resgate exigido, informou o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.
Em declarações à agência Lusa, o governante indicou tratar-se de um empresário, com «cerca de 50 anos» que estava em Moçambique «há oito anos» e disponibilizava «apoio aos setores da construção civil».
«Depois de ter sido objeto de um rapto, e depois de ter sido pago o resgate desse rapto, apareceu morto hoje ao final da tarde», acrescentou José Luís Carneiro, que sublinhou tratar-se de «um caso grave, de morte, nas imediações de Maputo».
«Não vemos ligações com outros casos que têm vindo a ocorrer no Norte do país, na jurisdição da Beira. Este caso, vamos aguardar pelas investigações, mas é o resultado de um rapto e da exigência de um pagamento para libertar o cidadão. O pagamento foi realizado, mas ainda assim sucumbiu às mãos dos criminosos», disse José Luís Carneiro.
Ainda sem pormenores do caso, o governante referiu que passaram «poucas horas entre o pedido do pagamento do resgate e o assassinato deste cidadão».
O Governo já manifestou a sua preocupação, por ser uma «situação muitíssimo grave».
O secretário de Estado das Comunidades notou os factos que têm vindo a ocorrer em Moçambique que «não contribuem para a confiança dos investidores no país, porque os portugueses são essenciais para o desenvolvimento económico do país, criam milhares de postos de trabalho».
O Governo português manifestou «toda a disponibilidade», assim como da embaixada portuguesa em Maputo para acompanhar a família nas «diligências judiciárias que estão em curso, depois de apresentadas queixas junto das autoridades moçambicanas», que estão a investigar o caso.
Também foi garantido apoio dos serviços para disponibilizar os documentos necessários para o trabalho do Ministério Público e concretizar, se necessário, a «trasladação do corpo, porque essa parece ser a vontade da família».