Num artigo recente publicado no jornal Público, António Queiróz, investigador da Universidade de Lisboa, afirma que “sem a China o mundo entraria em recessão”.
“Não é uma boa ideia alinhar forças para a guerra econômica contra a República Popular da China”, disse Queiróz no artigo. O governo chinês “defende a concorrência leal no mercado, cuidando para manter tudo em ordem e promover o desenvolvimento sustentável, mas intervindo quando o mercado falha”.
Não é apropriado usar os conceitos ocidentais de política para entender o novo modelo chinês, disse o estudioso, acrescentando que o modelo garantiu o sucesso da China na redução da pobreza.
Sobre a bolha gigante que alguns jornais previram que abalaria a economia chinesa como nos Estados Unidos, Queiróz observou que o governo chinês conseguiu neutralizar a crise com seu próprio estilo de macrogestão.
Não é sensato confiar em “notícias falsas e especulativas” para promover retaliação contra a China, adianta Queiróz.