O único golo do jogo surgiu já nos descontos, por Matheus Nunes. Após um cruzamento de Porro da direita, Vlachodimos defendeu para a zona central onde estava o médio brasileiro que, sozinho, atirou para o fundo da baliza a resolveu o encontro.
Com esta vitória, o Sporting, que ainda não perdeu na Liga, mantém o comando da prova, com 42 pontos, mais quatro do que o F. C. Porto, segundo classificado, que esta segunda-feira venceu na receção ao Rio Ave. Já o Benfica caiu para quarto lugar, com 33 pontos, os mesmos do Sporting de Braga, que subiu a terceiro após golear o Moreirense.
Garra de Matheus Nunes faz leão disparar na corrida pelo título
O Sporting deu um passo muito importante na luta pelo título nacional ao derrotar, nos descontos, o Benfica, com um golo, de cabeça, de Matheus Nunes. Um triunfo crucial, que lhe permite manter a vantagem de quatro pontos para o F. C. Porto e, ao mesmo tempo, alargar para nove a distância para o rival lisboeta. Foi a melhor equipa em campo e a mais corajosa, portanto a conquista dos três pontos revelou-se merecida. Já os encarnados voltaram a desiludir, taticamente foram ultrapassados e raramente mostraram rasgo no ataque.
Jorge Jesus, que voltou a falhar o jogo e foi substituído por João de Deus, surpreendeu ao escolher um esquema de três centrais, aposta inédita nesta temporada, mas o Benfica demorou a tirar alguns proveitos positivos da estratégia. A lesão de Jardel, no arranque, também não ajudou, já que a sua saída obrigou Weigl a recuar no terreno e Gabriel a entrar para dar cimento à zona intermediária. O problema dos encarnados não residiu aí, na luta pelo meio-campo, mas, acima de tudo, na falta de jogo interior e de profundidade, principalmente na primeira parte.
Já o Sporting, que alinhou de acordo com a filosofia de sempre, esteve mais confortável em campo. Nuno Mendes, Tiago Tomás e Pedro Gonçalves foram sempre setas apontadas à baliza de Vlachodimos, mas a melhor oportunidade, até ao intervalo, pertenceu a um defesa: com a baliza à mercê, Luís Neto falhou um golo de bandeira. A defesa do Benfica teve dificuldades para segurar a velocidade dos leões, muito hábeis no futebol direto e no espaço, mas valeu-lhe a experiência dos centrais para evitar males maiores. Ainda assim, faltou agitação, mais remates e mais espetáculo, até ao intervalo.
O início do segundo período trouxe um Benfica mais incisivo no ataque e um Sporting mais tímido, a procurar, por vezes, controlar em vez de furar. A mudança nos encarnados – a troca de Cervi por Taarabt – foi proveitosa, mas os leões, com as entradas de Palhinha e de Tabata, voltaram, pouco a pouco, a estar por cima do encontro. Jovane foi o primeiro a ameaçar, seguiu-se Palhinha e, já nos descontos, um cabeceamento de Matheus Nunes sentenciou a partida. O leão está cada vez mais lançado no topo do campeonato.