A Suíça acredita que a crise sanitária provocada pela covid-19 está agora a entrar numa fase endémica e, por isso, mais controlável, pelo que planeia levantar todas as restrições até meados de fevereiro.
“Claro que a pandemia ainda não acabou, mas podemos ver a luz ao fundo do túnel”, disse o Presidente suíço, Ignazio Cassis, em conferência de imprensa.
Os sinais de que a crise vai acabar em breve multiplicam-se, “sugerindo o início da fase endémica”, sublinhou uma declaração governamental anunciando o levantamento a partir de 3 de fevereiro da quarentena para casos de contacto e da obrigação de teletrabalho.
Cassis aproveitou a oportunidade para recordar que esta nova fase só é possível graças à vacinação e apelou a alguma cautela.
“O fim da crise não significa o fim do vírus. Estamos a aprender a viver com isso”, salientou o antigo médico, referindo-se particularmente a uma possível sazonalidade da covid-19, como a gripe.
Como é tradicional no país alpino, o Conselho Federal convocou uma consulta até 9 de fevereiro, nomeadamente com os cantões, representantes da sociedade civil e representantes eleitos, sobre a flexibilização das restantes medidas.
O levantamento total poderia entrar em vigor em 17 de fevereiro, suprimindo assim a obrigação de apresentação de um passe sanitário em restaurantes e locais culturais, mas também o uso de máscaras nos transportes públicos e lojas, assim como as restrições ligadas a reuniões privadas e públicas.
Se a situação ainda for demasiado incerta em 16 de fevereiro, o Conselho planeou aliviar as restrições em duas fases.
Em qualquer caso, as pessoas infetadas terão de continuar a cumprir isolamento.
O Conselho Federal baseia o seu otimismo no “desenvolvimento favorável da situação nos hospitais”, apesar de haver um nível recorde de infeções no país.