O presidente do conselho de administração da TAP, Miguel Frasquilho, admitiu, na segunda-feira, que o plano de reestruturação da companhia aérea, apresentado pelo Governo, é “duro” e vê “muitos anos de dificuldades” no futuro. Ainda assim, sublinha que era a condição para garantir a sobrevivência da TAP.
“Atenção, nós também sabemos que a retoma e a recuperação serão muito lentas. Temos muitos anos de dificuldades pela frente”, assumiu Frasquilho, em entrevista à TVI24.
O Governo apresentou, na sexta-feira, o plano de reestruturação da TAP, que contempla um máximo de dois mil despedimentos, cortes de 25% nos salários acima de 900 euros e apoios que podem atingir 3,7 mil milhões de euros até 2024.
“O plano é extraordinariamente duro, é muito exigente e que vai obrigar a que a TAP mude de vida em relação às últimas décadas. A TAP não pode continuar a dar prejuízo crónico todos os anos. Vai ter que mudar de vida e este é o plano que não gostaríamos de estar a apresentar, pelas consequências duríssimas que têm”, referiu o presidente do conselho de administração da TAP.
O plano está agora em Bruxelas para ser avaliado, sendo que uma resposta definitiva poderá chegar no primeiro trimestre do próximo ano. “Tem todas as características, do meu ponto de vista, para que a Comissão Europeia o possa aprovar. Algures durante o primeiro trimestre teremos a resposta, teremos a resposta final por parte da Comissão Europeia e até lá haverá contactos informais”, acrescentou ainda Miguel Frasquilho.
