A cidade de Toronto pretende contratar mais de 15.000 funcionários para trabalhar nas eleições municipais, que se realizam em outubro deste ano.
A cidade está a contratar para nove “cargos” diferentes para trabalhar no dia da eleição, a 24 de outubro. Os trabalhadores podem igualmente inscrever-se para trabalhar nos dias de votação antecipada de 7 a 14 o mesmo mês.
O pagamento varia entre US$ 235 (cerca de 232 euros) e US$ 425 (cerca de 420 euros) no dia da eleição, ou cerca de US$ 32 (cerca de 32 euros) a US$ 18 (cerca de 18 euros) por hora. De acordo com o site eleitoral de Toronto, a data prevista para os trabalhadores eleitorais receberem o cheque é de aproximadamente seis semanas após o dia da eleição.
Para se qualificarem, os candidatos devem atender aos requisitos específicos:
- Ser elegível para trabalhar no Canadá;
- Ter 18 anos de idade ou mais até o dia da eleição;
- Ter um número de seguro social válido;
- Ter recebido uma série completa de vacinas COVID-19 (ou seja, ambas as doses de uma vacina de duas doses ou uma dose de uma vacina de dose única);
- Após a contratação, declarar manter o sigilo do voto e não exercer atividade política na eleição;
A cidade contratou mais de 16 mil pessoas para trabalhar nas eleições municipais de 2018, quando o número de alas foi reduzido de 47 para 25. Na altura, havia mais de 1,8 milhão de eleitores aptos, 1.700 locais de votação acessíveis e 501 candidatos, segundo um levantamento das eleições municipais.
As municipais de Toronto de 2022 estão programadas para 24 de outubro, e irão eleger um prefeito e vereadores em Toronto, Ontário, Canadá. As inscrições para candidatos ao cargo de prefeito, conselheiro e administrador do conselho escolar foram abertas em 2 de maio, 2022. O prazo para indicações de candidatos é 19 de agosto de 2022 às 14h.
Luso-canadiana Ana Bailão não se recandidata
A vice-presidente do município de Toronto, Ana Bailão, não se vai recandidatar nestas eleições municipais.
Numa publicação no twitter, acompanhada por um vídeo e por uma carta aberta aos residentes do seu distrito eleitoral, a vereadora da Davenport, começa por afirmar que “foi uma honra de uma vida” servir os residentes após três mandatos em 12 anos, na qualidade de vereadora e vice-presidente.
“Ser eleita vereadora e servir a comunidade como vice-presidente, defendendo a habitação acessível de Toronto, está muito além do que pensava ser possível almejar como uma jovem de 15 anos, quando imigrei para o Canadá”, escreveu Bailão.
A luso-canadiana cumpre o seu terceiro mandato (12 anos), sendo responsável desde 2010 pela Comissão para a Habitação Social mais Acessível do município.
A autarca pretende que a sua experiência possa “inspirar outros jovens a estabelecerem e atingirem metas ambiciosas, independentemente de onde venham e da sua origem étnica”.
O presidente da Câmara Municipal de Toronto num comunicado lamentou a decisão de Ana Bailão reconhecendo que vai “sentir saudades dela”, tendo a certeza que a luso-canadiana “fará grandes coisas no que decidir na próxima etapa da sua vida”:
“Espero que um dia ver Ana Bailão na política. Precisamos de pessoas como ela na vida pública. Não importa o que aconteça, sei que ela estará sempre uma forte defensora de habitações acessíveis para todos”, escreveu o ‘Mayor’.
Formada pela Universidade de Toronto em Sociologia e Estudos Europeus, a autarca concorreu pela primeira vez às eleições municipais e foi derrotada nesse ano, ingressando no setor privado, na área financeira e de informação tecnológica de saúde, nos departamentos de marketing e comunicação.
Ana Bailão nasceu em Vila Franca de Xira (Lisboa) e veio para o Canadá com 15 anos.
A autarca diz que para já ainda não decidiu o seu futuro, mas que até às eleições municipais, vai continuar focada para “continuar a contribuir para a cidade e comunidade neste novo capitulo”.