Investigadores retiraram a pedra de mármore que cobre a caverna onde Jesus Cristo terá sido sepultado após a crucificação.
Um grupo de cientistas da Universidade Nacional e Técnica de Atenas, com uma equipa da Sociedade National Geographic, está a analisar e a restaurar a Edícula da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local onde Jesus foi sepultado depois de ser crucificado, segundo a fé cristã. O objetivo é perceber a forma original do local e reconstituir a história da transformação daquele espaço enquanto local sagrado.
O local está a ser alvo de um trabalho de restauro que implicou a remoção da pedra mármore que cobre a caverna desde, pelo menos, o ano de 1555.
“A pedra mármore que cobre o túmulo foi retirada e ficámos muito surpreendidos com a quantidade de material de enchimento que encontrámos”, confessou Fredrik Hiebert, arqueólogo residente da Sociedade National Geographic, parceira do projeto de restauro orçado em 3,6 milhões de euros, à revista.
A retirada da pedra constituía, segundo a responsável pela equipa, Antonia Moropoulou, um momento-chave para o restauro, sendo que todos os trabalhos estão a ser documentados de forma a que no futuro quem os venha a analisar se sinta como se estivesse no interior do túmulo.
O pedido dos cientistas foi aprovado pelas seis instituições religiosas que gerem o sítio: a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Arménia, os Ortodoxos etíopes e duas comunidades coptas – uma egípcia e outra síria. Estas instituições, que obedecem ao que foi regulamentado pelo acordo Status Quo, de 1852, esperam que a equipa de cientistas atenienses restaure o local depois de acabadas as investigações, em Março de 2017.
O alegado túmulo está situado no interior de uma edícula (pequeno templo), ela própria alvo de trabalhos entre 1808 e 1810 na sequência de um incêndio. Tanto o túmulo como a edícula estão agora a ser restaurados por uma equipa de cientistas da Universidade Técnica de Atenas, na Grécia, que já foi responsável pelo restauro da Acrópole, na capital grega, e da Basílica de Santa Sofia, em Istambul, Turquia.
Esta Igreja constitui um dos locais mais sagrados do cristianismo.
































