A União Europeia está cada vez mais preocupada com o aumento acentuado das exportações de produtos dos seus Estados-membros para países da periferia da Rússia, tais como a Arménia, o Uzbequistão e o Cazaquistão, o que pode ser um sinal de que artigos proibidos estão a chegar às mãos do governo russo.
As novas sanções reforçam as proibições de exportação e visam as empresas não russas que se suspeita estarem a participar na circunvenção.
Introduzem, também, um novo mecanismo para restringir a venda e a transferência de tecnologia sensível e de produtos de dupla utilização (civil e militar) para outros países que se considere estarem a facilitar a chegada dos bens à Rússia.
O 11º pacote também coloca na lista de sancionados mais 71 pessoas e 33 entidades, acusadas de estarem envolvidas na deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia.
O mecanismo marca uma evolução importante na política externa da UE, mas só será utilizado como último recurso e em casos excecionais.
“Congratulo-me com o acordo político sobre o nosso 11º pacote de sanções. Será mais um golpe contra a máquina de guerra de Putin através de restrições apertadas de exportações, visando entidades que apoiam o Kremlin”, afirmou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, no Twitter.
A adoção formal do pacote surge poucas horas depois de as autoridades ucranianas terem decidido retirar, temporariamente, cinco companhias de navegação gregas de uma lista de “patrocinadores internacionais da guerra”.
A Grécia e a Hungria bloquearam durante semanas o acordo sobre estas novas sanções, propostas há mais de um mês, em protesto contra a inclusão de empresas nacionais na lista.
No entanto, o governo de Kiev manteve na lista do OTP Bank, o maior banco comercial da Hungria.