De acordo com a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, a Universidade de Santiago do Chile quer criar um curso universitário para a formação de professores de português.
A partir de Punta Arenas, no Chile, Teresa Ribeiro, secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, realçou que um aspeto que pensa ser importante.
«Um aspeto que penso ser importante sublinhar é a promessa do decano (diretor) da Faculdade de Humanidades da Universidade de Santiago do Chile, que é uma das grandes universidades do país, de criar um curso a nível universitário de formação de professores de português».
Indicou ainda que é um momento de grande significado, e que no futuro pode trazer efeitos multiplicadores para a difusão da língua portuguesa no Chile.
Segundo a secretária de Estado, «o interesse do Chile pela língua portuguesa está associado ao vizinho, o Brasil», à curiosidade pela cultura portuguesa e «a Fernão de Magalhães, uma figura de relevo no Chile».
Teresa Ribeiro esteve no país sul-americano, onde realizou contactos políticos e participou em atividades ligadas às comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação iniciada pelo navegador português Fernão de Magalhães.
Fernão de Magalhães partiu do porto de Sevilha em agosto de 1519, comandando uma frota de cinco embarcações que transportavam mais de 260 pessoas de várias nacionalidades (portugueses, espanhóis, italianos, alemães, belgas, gregos, ingleses e franceses eram algumas das presentes) e incluía marinheiros, académicos (como o escritor italiano Antonio Pigaffeta, que compilou um detalhado relato da viagem), entre outros.
Magalhães viria a morrer nas Filipinas, em 1521, durante uma batalha com uma tribo em que a tripulação liderada pelo português estava em forte desvantagem numérica.
