A Academia Sino-Lusófona é um projeto que completou cinco anos e coloca a Universidade de Coimbra como “Alma Mater” das Universidades de Língua Portuguesa, numa relação com os países africanos, Brasil, Timor-Leste e a China.
Celebrou-se o 5.º aniversário da Academia Sino-Lusófona, com o vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva a referir que este projeto é a “menina dos seus olhos” e mostra que Coimbra “tem presença, tem presente e quer projetar o futuro honrando a memória histórica de 734 anos.
“Nós somos o elo de ligação entre o Brasil, os PALOPs e Macau e este projeto procura devolver esta centralidade e tem despertado a atenção da República Popular da China, com as mais prestigiadas instituições a terem centros conjuntos e iniciativas connosco”, sublinhou o vice-Reitor para as Relações Externas e Alumni da Universidade de Coimbra.
Na sessão comemorativa dos cinco anos, integrada no simpósio “Building International Bridges” (construir pontes internacionais), João Nuno Calvão da Silva destacou a relação da Universidade de Coimbra com os antigos estudantes, que se destacam na área da lusofonia e agradecem à Alma Mater o que ela lhes deu em termos técnicos e na sua formação humana”.
“Isto é mais relevante do que o mecenato anglo-saxónico, que tem muitos milhares de financiamento, mas por trás também visa garantir lugares para os filhos ou os netos dos mecenas”, considerou, para destacar a entrega do prémio Doutor Vasco da Gama Lobo Xavier, antigo Professor da Direito da Universidade de Coimbra, na presença de António Lobo Xavier e do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis.
Janela para o mundo
O Auditório do Colégio da Trindade acolheu, também, o antigo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que abordou o tema “Os sabores, os lugares, os saberes e os não-lugares da Língua Portuguesa”, assim como o embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang.
Pedro Costa Gonçalves, do Conselho Geral da Universidade de Coimbra, recordou que a Academia Sino-Lusófona foi um projeto criado em 2018 no reitorado de João Gabriel Silva (que esteve presente) e que começou a ser concretizado em 2019, já com Amílcar Falcão como Reitor, pelo vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva, tendo já sido concretizadas mais de 50 iniciativas em cinco anos.
Para António Pinto Monteiro, presidente honorário da Academia Sino-Lusófona, esta é uma “nova janela que abre a Universidade ao mundo”, tendo destacado que foi o próprio Presidente da China, Xi Jinping, a assinar o acordo com esta Academia quanto veio a Portugal.
Rui de Figueiredo Marcos, diretor da Academia Sino-Lusófona da UC, apresentou o convidado especial desta sessão de aniversário, o ex-Presidente da República de Cabo Verde, com o simpósio a incluir aspetos das relações com a China, contando com a presença do presidente e demais dirigentes da Universidade de Cantão, e a terminar com uma mesa-redonda dedicada ao 500.º aniversário do nascimento de Luís Vaz de Camões, com intervenções da Universidade de Yale, de Pisa e de José Carlos Seabra Pereira, do Centro interuniversitário de Estudos Camonianos.
