A Universidade de Coimbra (UC) obteve hoje a Cátedra UNESCO “Diálogo Intercultural em Patrimónios de Influência Portuguesa”, uma atribuição que resulta da “exigente e rigorosa avaliação por peritos internacionais”, depois da candidatura apresentada pelo estabelecimento de ensino.
A nova Cátedra terá como principais eixos de ação a investigação, formação avançada e cooperação para o desenvolvimento no âmbito dos designados patrimónios vivos – a Paisagem e a Língua –, com o objetivo de contribuir para a construção de alternativas integradas às agendas hegemónicas da globalização.
De acordo com Walter Rossa, titular da Cátedra, docente do Departamento de Arquitetura (DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da UC, “a candidatura apresentada à UNESCO “surgiu como sequência natural do trabalho já desenvolvido no âmbito do doutoramento Patrimónios de Influência Portuguesa e da iniciativa Alta Sophia e alinha na estratégia global de internacionalização da Universidade de Coimbra”.
Este “selo de qualidade” da UNESCO “é uma prova de confiança no trabalho que nos propusemos desenvolver no sentido de afirmar o património e a cultura como ativos essenciais para o desenvolvimento sustentável, na linha dos Objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas”, reforça o docente e investigador da UC numa nota enviada aos media.
O grande objetivo, sublinha Walter Rossa, “é criar sinergias através do diálogo intercultural subjacente ao conceito de influência portuguesa. Essa influência, por exemplo, por meio da Língua comum, mantém cerca de 4% da população mundial potencialmente conectada”.
A Cátedra UNESCO Diálogo Intercultural em Patrimónios de Influência Portuguesa envolve, à partida, meia centena de docentes e investigadores numa parceria com várias instituições europeias, brasileiras e africanas, designadamente a Universidade do Algarve, Università degli Studi di Bologna (Itália), Universidade Federal Fluminense (Brasil), Universidade Eduardo Mondlane e Universidade Lúrio (Moçambique), Université Paris Nanterre (França) e M_EIA – Mindelo Escola Internacional de Arte (Cabo Verde), bem como o Instituto Camões e a Fundação Calouste Gulbenkian.