As ostras portuguesas vão ser exportadas para França dentro de alguns meses. Um viveiro de ostras no rio Lima, vai produzir, por ano, cerca de 200 toneladas daquele bivalve, exclusivamente para exportação.
Um viveiro de ostras no rio Lima, com 36 mil metros quadrados, vai produzir, por ano, cerca de 200 toneladas daquele bivalve, graças a um investimento de um milhão de euros, financiado por fundos do Mar 2020.
«É o primeiro viveiro em ambiente natural do distrito de Viana do Castelo e um dos maiores, em funcionamento, no país. Neste momento, em funcionamento, diria que é o maior viveiro de ostras a nível nacional. Existem vários produtores espalhados pelo país, mas essencialmente são viveiros de menor dimensão», disse Marco Silva, um dos promotores do projeto Aquagoma, à agência Lusa.
O viveiro de Viana do Castelo «é o único em Portugal dotado de sistema de produção inovador, com 20 mil potes rotativos».
O responsável adiantou que as primeiras 200 toneladas de ostras ‘premium’ deverão ser recolhidas dentro de 18 meses, a duração do ciclo daquele bivalve, sendo que 100% da produção terá como destino a França.
«A ostra bebé é comprada em maternidades francesas certificadas. Nós só vamos apostar no segmento alto e vamos produzir ostra superespecial, uma ostra de qualidade superior com muita percentagem de carne e muito apreciada em mercados maduros como França e Inglaterra. No nosso país, não há hábitos de consumo desta ostra, porque os portugueses estão habituados à ostra mais pequena», afirmou.
Segundo Marco Silva, apenas aquela espécie garante a viabilidade de um «negócio que dá muito trabalho e que tem muito risco associado, devido às taxas de mortalidade que podem atingir os 90%».
A instalação do viveiro de ostras, com uma área equivalente a quatro campos de futebol, criou cinco postos de trabalho diretos, prevendo-se «mais 10 a 15 indiretos». A apanha dos bivalves será garantida por batelão, que já se encontra na marina da cidade.
«Queremos envolver a cidade para a colocar num roteiro internacional de gastronomia ligada à ostra. Queremos criar um local de degustação e promover o aparecimento de um nicho de mercado, na restauração da cidade, atraindo pessoas de Espanha, Braga e Porto e estabelecendo parcerias com hotéis e restaurantes, tal como acontece com enoturismo», concluiu.