Portugal subiu duas posições e é agora considerado o oitavo país mais atrativo da Europa para o Investimento Direto Estrangeiro (IDE), segundo o EY European Attractiveness Survey 2022.
“Portugal subiu para o oitavo lugar no ranking europeu dos países com mais projetos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) anunciados em 2021, ano em que a economia portuguesa cresceu ao melhor ritmo das últimas décadas, na sequência da forte contração provocada pela pandemia de Covid-19. -19 pandemia”, adiantou a consultora EY, em comunicado.
Segundo o estudo, em 2021 Portugal atraiu 200 projetos de IDE, o que representa um aumento de 30% face aos 154 anunciados em 2020. No ano passado, Portugal subiu duas posições neste ranking para o 8º lugar, estando atualmente à frente de países como a Polónia e Irlanda, que ficaram em 9º e 10º, respetivamente.
No ano passado, foram anunciados 5.877 projetos de investimento direto estrangeiro na Europa, ou seja, um valor 5% superior ao registado em 2020, mas 12% abaixo do máximo observado em 2017.
Este desempenho é explicado pelos “esforços empreendidos pela Comissão Europeia para promover o crescimento na região” com 63% dos inquiridos a apontarem que o “Fundo Europeu de Recuperação e Resiliência foi um fator decisivo na decisão de manter ou prolongar a atuação na Europa”.
No entanto, os investidores admitem que “o novo ambiente geopolítico e económico”, nomeadamente devido à invasão russa da Ucrânia, pode penalizar “a atratividade imediata da Europa”. Ainda assim, as perspetivas de longo prazo são animadoras, com 64% dos entrevistados confiantes de que a atratividade da Europa melhorará nos próximos três anos.
França foi considerada a economia mais atrativa quando se trata de investimento estrangeiro direto, atraindo 1.222 projetos de IDE em 2021, um aumento de 24% em relação ao ano anterior. Esse desempenho é explicado pela “recuperação pós-pandemia e pelas reformas de Macron”, acrescentou a consultora.
Segue-se o Reino Unido, com 993 projetos (um aumento de 2% face a 2020) e a Alemanha, com 841 projetos de IDE, ou seja, um decréscimo de 10% face ao valor registado no ano anterior. “No entanto, o país também atraiu grandes projetos industriais, principalmente nos setores automotivo e eletrônico”, conclui a EY.