O candidato do PP, Alberto Nuñez Feijóo, foi o nome indicado pelo Rei de Espanha para a investidura como Presidente do Governo espanhol.
Filipe VI terminou a audição de todos os partidos e informou a Presidente do Congresso, Francina Armengol, que propôs o vencedor das eleições para se apresentar na sessão de investidura.
O anúncio foi feito pela própria Francina Armengol numa curta declaração aos jornalistas depois da se encontrar com o Rei e confirmada minutos depois através de um comunicado da Casa Real.
No comunicado, o Rei de Espanha enumerou os motivos para a sua decisão. Justifica-se referindo que além de Feijóo ter “comunicado a sua disponibilidade para ser candidato ao processo de investidura como Presidente do Governo”, o Partido Popular “foi o grupo político que obteve maior número de assentos nas últimas eleições”.
Deixou também a nota de que, à exceção do que ocorreu na XI legislatura, o “candidato do grupo político que obteve maior número de assentos foi o primeiro a ser proposto por Sua Majestade o Rei como candidato à Presidência do Governo” e que “essa prática se tornou um hábito ao longo dos anos”.
Ainda assim lembrou que nenhum dos partidos apresentou “maioria suficiente para a investidura” e deixou a ideia de que, se esse fosse o caso, a sua decisão poderia ir no sentido contrário àquela que é a prática comum de escolher o candidato com mais votos.
Feijóo aceitou a proposta do Rei e vai apresentar-se para a sessão de tomada de posse. Ainda assim, o nome do PP não reúne os 176 deputados necessários para a obrigatória maioria absoluta. Neste momento encontra-se ainda com o apoio apenas de 172 dos deputados eleitos nas últimas eleições. O número é insuficiente quer num primeiro momento de votação em que necessita de maioria absoluta, quer num segundo momento, caso não seja bem-sucedido antes, em que precisa de uma maioria simples (mais sins do que nãos).
Na rede social X (antigo Twitter), o líder do PP já se pronunciou agradecendo ao Rei a decisão de o “nomear como candidato à Presidência do Governo” e prometeu “dar voz aos mais de 11 milhões de cidadãos que querem mudança, estabilidade e moderação com um Governo que defende a igualdade de todos os espanhóis”.
Agora, cabe à mesa do Congresso, liderada pelo PSOE, agendar com Feijóo a data do debate da investidura. Um momento importante, uma vez que é a partir desse dia que começam a contar os dois meses para novas eleições no caso de tudo falhar e ninguém conseguir reunir os apoios necessários.