A convite do Presidente da República para participar na Reunião do Conselho de Estado, realizada na tarde de ontem no Palácio da Cidadela, Cascais, com o tema “a União Europeia, hoje e amanhã”, esteve em Lisboa a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
Durante a manhã, a Presidente da Comissão Europeia participou numa cerimónia que foi iniciada com uma intervenção da presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, e para a qual foram convidados representantes das 27 comunidades intermunicipais, das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias. Estarão também representantes das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, do Conselho dos Institutos Superiores Politécnicos, do Conselho de Reitores da Universidade Portuguesa, parceiros sociais e associações empresariais
Nesta cerimónia Ursula Von der Leyen afirmou que “Portugal está bem colocado para tirar o máximo” do fundo de recuperação da União Europeia, num discurso marcado por elogios à inovação e resiliência de Portugal e dos portugueses, enquanto António Costa apresentou o esboço do plano que será entregue em outubro.
“Acredito que o passado e o presente de Portugal e Lisboa podem ser um guia para o nosso futuro”, começou por dizer a presidente da Comissão Europeia. Von der Leyen adiantou ainda que “Portugal mostrou o melhor de si e o melhor da Europa” e que “Lisboa é um exemplo de renovação”, admitindo que a pandemia ainda não terminou ainda há muito trabalho a fazer.
“Portugal vai ser um forte beneficiário do Next Generation EU [Próxima Geração UE]”, reiterou a presidente da Comissão Europeia, em linha com as declarações que tinha já proferido. “Vamos garantir que ninguém é deixado para trás”, acrescentou, referindo-se ao programa de apoio ao emprego – SURE.
Por seu turno, António Costa, também presente nesta cerimónia, disse que a “Covid-19 foi uma ameaça à saúde, mas também um desafio para a UE. “A UE respondeu nesta crise como nunca respondeu e mostrou estar à altura”, disse o primeiro-ministro, elogiando a equipa de Von der Leyen. “O passo dado pela Comissão foi histórico”, sublinhou, adiantando que cabe agora aos Estados-membros fazer um bom uso do plano.
Para esta cerimónia, que foi iniciada com uma intervenção da presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, foram convidados representantes das 27 comunidades intermunicipais, das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias. Estarão também representantes das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, do Conselho dos Institutos Superiores Politécnicos, do Conselho de Reitores da Universidade Portuguesa, parceiros sociais e associações empresariais
Em entrevista à Lusa, Ursula von der Leyen sustentou que o ‘NextGenerationEU’, o fundo de recuperação proposto pelo seu executivo e acordado pelos líderes europeus numa longa cimeira em julho passado, dá à Europa “a oportunidade não só de reparar os danos e recuperar da situação atual, mas de moldar um melhor modo de vida” e destacou que “Portugal será um importante beneficiário”.
De acordo com o compromisso alcançado em julho passado, Portugal receberá 15,3 mil milhões de euros em subvenções (a fundo perdido), incluindo 13,2 mil milhões de euros, até 2023, através do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o principal instrumento do Fundo de Recuperação.
Segundo a presidente da Comissão, o apoio que Portugal receberá “vai proporcionar os meios para impulsionar a recuperação da economia portuguesa, assente na dupla transição ecológica e digital, e assegurando ao mesmo tempo que ninguém é deixado para trás”.