Augusto Santos Silva reagiu ao novo adiamento da data de saída do Reino Unido da União Europeia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros participou ontem, 28 de outubro, na Conferência de Doadores para a Venezuela, em Bruxelas, e disse aos jornalistas que a resposta positiva dos Estados-membros da União Europeia (UE) ao pedido do Reino Unido para um novo adiamento do Brexit é favorável a todos, inclusive para Portugal.
“O acordo conseguido na reunião dos embaixadores é muito positivo. Significa responder mais uma vez, pela positiva, a um pedido britânico […]. O que, do ponto de vista de Portugal, é muito positivo porque evita mais uma vez o pior cenário, que é o cenário de uma saída sem acordo”, explicou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou ainda que este adiamento “dá tempo para que os procedimentos democráticos, quer no Reino Unido, quer na UE, sejam escrupulosamente cumpridos” e também para que todos os países fiquem “em melhores condições para preparar com o devido tempo o período de transição, porque uma das vantagens principais de haver uma saída com acordo é que haverá uma transição até ao fim de 2020, o que permitirá às pessoas e às empresas prepararem-se para o cenário futuro de o Reino Unido que já não é membro da UE”.
Além disso, frisou Santos Silva, “este processo leva a que haja melhores condições para discutir aquilo que será o essencial, que é a relação futura entre a UE e o Reino Unido”.
No que respeita à Conferência de Doadores para a Venezuela, o governante português relembrou que “não se espera uma lógica de compromissos dos estados participantes em financiamento das operações que a UE apoia”, porque a própria UE já destinou vários milhões para apoio humanitário. O objetivo é que as três organizações que estão mais envolvidas neste apoio – a UE, o Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas e a Organização Internacional das Migrações -, “façam o ponto da situação e também contribuam para que toda a comunidade europeia e internacional tenha plena consciência da gravidade da crise migratória que se vive hoje na América Latina”.
Recorde-se que os 27 Estados-membros da União Europeia aceitaram, esta segunda-feira, um novo adiamento do Brexit até 31 de janeiro de 2020.
































