A primeira fase do regresso às aulas arrancou na primeira semana de setembro em mais de um terço dos estados alemães. As autoridades mostram-se comprometidas em evitar ao máximo um novo encerramento de escolas.
No entanto, o país encontra-se perante a quarta vaga de covid-19 que, segundo o alerta do presidente do Instituto Robert Koch (RKI), Lothar Wieler, poderá tornar-se “feroz” durante o outono. “Se não aumentarmos drasticamente as atuais taxas de vacinação, a atual quarta vaga pode tomar um curso fulminante”, declarou em Berlim na semana passada.
O novo ano letivo já arrancou nos estados federais do Sarre, Renânia-Palatinado, Baixa Saxónia, Bremen e Saxónia-Anhalt. Apesar da determinação em evitar as aulas à distância em todo o país, as restrições variam de estado para estado. Mas há um dado comum: todos os alunos vacinados estão livres das restrições.
No estado de Hesse cerca de 760.000 crianças são obrigadas a realizar testes antigénio três vezes por semana e a usar máscara na sala de aula e em eventos organizados durante as duas primeiras semanas. A partir da terceira semana, o uso da proteção facial será relaxado e os alunos só terão de fazer dois testes por semana. No caso de uma infeção, apenas os alunos sentados diretamente ao lado da criança infetada e as pessoas de contacto direto terão de fazer quarentena.
Nos estados do Sarre e Renânia-Palatinado, todas as crianças e professores são obrigados a fazer dois testes de antigénio por semana. E no Sarre, o uso da máscara continua a ser obrigatória dentro dos edifícios escolares.
Na Baixa Saxónia, desde 13 de setembro que os alunos devem realizar três autotestes por semana. No caso de um teste positivo, todas as crianças da turma terão de ficar em quarentena.
Na Saxónia-Anhalt, todos os alunos e pessoal escolar têm de realizar dois testes à covid-19 por semana.
Em Bremen, as crianças do ensino básico vão ter de realizar testes PCR diários através de um mecanismo de ‘chupa-chupa’ durante as três primeiras semanas. Já os alunos do secundário vão realizar dois autotestes semanalmente.
Em Berlim, as autoridades decidiram alargar as regras que exigem o uso de máscaras por alunos e pessoal das escolas da capital até 3 de outubro, devido às taxas de infeção entre os jovens. Na capital alemã, onde a escola começou em meados de agosto, existe um sistema de ‘semáforo’ que determina se as crianças são enviadas para o ensino à distância quando o nível de risco atinge o ‘vermelho’. A situação em cada escola é avaliada pelas autoridades locais todas as quintas-feiras. Se o risco for ‘verde’, aplicam-se as regras sobre o uso de máscaras em recintos fechados e três testes por semana. Com ‘amarelo’, o tamanho das turmas será reduzido para metade, e no ‘vermelho’, as escolas encerram.
Em Hamburgo o uso da máscara é obrigatório nos espaços interiores e exteriores fora das salas de aula. Só é mesmo dispensado dentro da sala de aula e só quando os alunos estiverem sentados. Todas as atividades nas escolas devem ser realizadas de modo a reduzir o contacto entre alunos de diferentes turmas e idades. O mesmo se aplica ao pessoal docente. As conferências e reuniões de pais e professores são permitidas, com distância física e uso de máscara. Há testes gratuitos para alunos e staff médico
Em Baden-Württemberg, onde a escola começa por esta altura, o objetivo é evitar as quarentenas de toda a turma. Em vez disso, no caso de uma criança infetada, todas as outras da turma devem testar-se diariamente durante cinco dias. A medida é válida também para os professores.
Na Baviera as máscaras serão obrigatórias até novo aviso. Nas escolas primárias, as máscaras de tecido podem continuar a ser utlizadas por quase todos os alunos, mas os professores e alunos do 5º ano e superiores são obrigados a usar uma máscara cirúrgica.
Nas escolas primárias e escolas especiais serão exigidos dois testes PCR duas vezes por semana. Nas escolas secundárias é realizado um autoteste três vezes por semana. Se houver um caso de infeção numa turma, apenas os alunos que tiveram contacto direto e desprotegido com o aluno infetado ficam de quarentena. Esta pode terminar após cinco dias, com teste PCR negativo.