O primeiro-ministro, António Costa, disse que o plano de contingência para a Venezuela poderá «envolver diferentes graus» consoante a situação no terreno, mas a «primeira prioridade» é «garantir a segurança dos portugueses».
O primeiro-ministro, António Costa, assegurou que o apoio logístico aos portugueses e lusodescendentes na Venezuela está a ser garantido pelos canais possíveis. Esta semana, o ministro da Defesa João Gomes Cravinho admitiu que estas operações poderiam ser levadas a cabo com a ajuda de militares portuguesas para o país, possibilidade que Costa também comentou, de forma até curiosa: «não, não vamos invadir a Venezuela».
«Esperamos que a Venezuela retome a sua normalidade democrática, o que passa pela realização de novas eleições. Nós agimos concertados no âmbito da União Europeia, que é a forma de termos mais força para agir sobre o regime de Nicolas Maduro», frisou.
O primeiro-ministro afirmou que há um prazo fixado [oito dias, que termina amanhã] e que o governo está a trabalhar com um conjunto de países da União Europeia para que, em conjunto com outros países da América Latina, estarem ativos para o apoio técnico e a garantia de total isenção e imparcialidade na realização de novas eleições.
«Vamos deixar que o prazo seja cumprido e na sequência disso serão tomadas as ações devidas e já anunciadas», explicou.
No que diz respeito à forma como os portugueses serão assistidos no terreno, o primeiro-ministro garante que, para já, «esses canais estão todos estabelecidos, devidamente organizados e articulados com os países da região para que, se for necessário, aconteçam da forma mais segura, rápida e tranquila possível».
Ainda assim, lembra o primeiro-ministro, os meios serão apenas «os que forem necessários», algo que afasta o cenário de uma intervenção mais musculada no país.
«Pergunta-me se vamos invadir a Venezuela? Não, não vamos invadir a Venezuela», garantiu.