Eurico Brilhante Dias defende uma aposta forte na monitorização da perceção externa relativamente aos bens e serviços portugueses, apoiando o crescimento das exportações na notoriedade do selo made in.
Contrariando décadas de desvalorização das capacidades do país, as sucessivas campanhas de fortalecimento da marca Portugal desenvolvidas desde a última crise económica foram capazes de mudar a perceção interna, mas sobretudo reforçar a notoriedade dos produtos e serviços portugueses no estrangeiro.
Já este ano, por exemplo, a AICEP lançou o lema “Made in Portugal Naturally” para assinalar a qualidade dos materiais de construção nacionais, uma estratégia que visa capitalizar a perceção externa.
“O desenvolvimento da marca Portugal é essencial”, defende Eurico Brilhante Dias, que garante estar a trabalhar de perto com a agência de investimento num instrumento que permita perceber, através de informação recolhida junto de diferentes mercados, qual o peso do selo made in nos vários setores de atividade.
A par da qualificação de recursos, com o financiamento e apoio no acesso aos mercados, a utilização deste mecanismo de informação será fundamental “para que a origem país seja um elemento que acrescenta valor e não que retira”, explica o secretário de Estado da Internacionalização. O objetivo é que, através do estudo que já está a ser feito em parceria com a AICEP, seja possível “valorizar o que é positivo e mitigar o que são perceções negativas”.
De acordo com o governante, os resultados desta auscultação aos mercados externos deverão estar disponíveis para as empresas já no início do ano e serão essenciais na estratégia de desenvolvimento das exportações portuguesas do Internacionalizar 2030.
Ao todo, são 43 as medidas propostas pelo executivo para a próxima década, apoiadas em seis eixos prioritários. Um deles é a promoção da marca Portugal. “Temos de ser capazes de verter toda a intelligence que temos num instrumento de gestão para podermos atuar “, afirma.