Elfyn Evans (Toyota Yaris) venceu o Rali de Portugal pela primeira vez, somando a quarta vitória da sua carreira, ao bater o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), e aproximou-se da liderança do Mundial.
Evans, que dominou este terceiro e último dia de prova, concluiu esta quarta ronda do campeonato com o tempo de 3:38.54,5 horas, batendo Sordo por 55,3 segundos e o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) por 2.00,1 minutos.
Como na última especial do rali, a “power stage”, Ogier foi terceiro (três pontos) e Evans quinto (um ponto), é o francês que sai de Portugal na liderança do Mundial, com dois pontos de vantagem.
Aos 32 anos, Elfyn Evans venceu esta que é a quarta de 12 etapas do campeonato do mundo (WRC), numa temporada de regresso à normalidade após o caos provocado pela pandemia de covid-19, que levou ao cancelamento de 10 provas em 2020, entre as quais o Rali de Portugal.
O filho do antigo campeão britânico de ralis, Gwyndaf Evans, chegou a Portugal na terceira posição do campeonato, com 51 pontos, a dez do seu companheiro de equipa, Sébastien Ogier, e com o sabor amargo da derrota na prova anterior, na Croácia, por apenas 0,6 segundos.
Desde 2016, com o irlandês Kris Meeke (Citroën C3), que um britânico não vencia a prova lusa, mas Evans já tinha sido segundo em 2018.
Rali de Portugal: “Portugueses de parabéns pelo sucesso da prova”
O presidente do Automóvel Clube de Portugal [ACP], entidade organizadora do Rali de Portugal, considerou que “os portugueses estão de parabéns” pelo contributo dado para o sucesso da prova.
“As instâncias internacionais ficaram, mais uma vez, abismadas como é que Portugal consegue fazer as coisas tão bem. Mostraram-se muito contentes pela forma com o nosso rali decorreu. Por isso, os meus parabéns a todos os portugueses que contribuíram para tal”, disse à agência Lusa Carlos Barbosa.
O presidente do ACP lembrou que o evento foi planeado durante seis meses com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), a quem particularizou um agradecimento pelo “trabalho excecional”.
“Conseguimos cumprir as regras de segurança que estavam previstas. Estou muito contente do ponto de vista desportivo e social. Todos foram excecionais”, completou Carlos Barbosa.
O dirigente lembrou que para 2022 o Rali de Portugal já está confirmado no calendário mundial da competição, mas apontou que com estas premissas de boa organização e bom comportamento do público o evento poderá repetir-se nos próximos anos.
“Mais uma vez provámos para todo o mundo que conseguimos fazer grandes eventos como estes em Portugal. Além da nossa organização, temos um público que nos ajuda a que tudo corra bem. Quando assim é, não é difícil fazer uma prova assim”, concluiu o presidente do ACP.