Fonte do Tribunal Superior de Justiça das Astúrias disse à agência Lusa que a juíza responsável pelo caso emitiu duas ordens de “prisão provisória, comunicadas e sem fiança para dois dos detidos” que foram levados esta segunda-feira à justiça para interrogatório.
Para os outros dois detidos, “foi emitida uma ordem de libertação provisória” com uma medida cautelar que restringe e proíbe qualquer comunicação com as duas mulheres que apresentaram queixa.
Segundo a mesma fonte, o processo foi aberto por alegadas “agressões e abusos sexuais”, sem prejuízo da possibilidade de estas acusações “poderem ser alteradas durante o decurso da investigação”.
Os dois portugueses que ficaram em “prisão provisória” e que estão a ser investigados como autores principais da alegada agressão sexual vão ser transferidas ainda esta segunda-feira para o Centro Penitenciário das Astúrias.
O tribunal de instrução número cinco de Gijón acabou por concordar com a solicitação do Ministério Público que esta tarde tinha pedido a prisão de dois dos detidos e a libertação dos outros dois.
A prisão provisória foi solicitada devido à natureza e gravidade dos crimes que lhes são atribuídos: uma agressão sexual com penetração. E, considerando que existe o risco de fuga, o procurador pediu a prisão para os dois presumíveis autores materiais dos atos violentos.
Duas jovens mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, apresentaram queixa na polícia no sábado, alegando terem sido agredidas sexualmente pelos portugueses nessa madrugada.
Os quatro portugueses foram detidos formalmente após o tribunal de instrução criminal de Gijón ter deliberado no domingo prolongar a detenção enquanto se aguardava a disponibilização de toda a documentação relativa ao caso de abuso sexual, nomeadamente relatórios clínicos e indicação das lesões sofridas.
Os portugueses, todos com menos de 30 anos, defenderam a sua inocência no domingo perante o magistrado, negaram os atos criminosos de que são acusados e asseguraram que as relações sexuais com as duas jovens mulheres foram consentidas.
As duas mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, denunciaram a agressão sexual na esquadra policial às 06:30 de sábado, explicando que tinham conhecido um homem num bar e que viajaram com ele para a pensão onde este estava hospedado, para um encontro sexual.
Segundo o relato das vítimas, no caminho para a pensão juntou-se um outro homem e, ao chegarem à sala, encontraram dois outros portugueses que as obrigaram a manter relações sexuais com todos eles.