Vieira da Silva sugere aplicação de condição de recursos a pensionistas que trabalharam no estrangeiro para limitar atribuição de novas pensões mínimas.
A acumulação de pensões estrangeiras com pensões mínimas concedidas pelo Estado português pode vir a acabar em alguns casos. O ministro do Trabalho, José António Vieira da Silva, deu este exemplo esta segunda-feira, na TSF, ao defender a “avaliação do modelo de condição de recursos” para atribuição de prestações.
Segundo explicou o ministro, o futuro passa por avaliar “se o esforço do Estado no pagamento de pensões mínimas – na parte que não é garantida por descontos do beneficiário e que é paga pelo Orçamento do Estado – deve continuar a ser feito sem verificação”, sugerindo que as “pessoas que trabalharam 20 anos no estrangeiro” e que tenham uma pensão elevada não possa ser atribuída pensão mínima pelo Estado português como acontece atualmente.
“Queremos que o dinheiro que se gasta seja para quem mais precisa”, frisou Vieira da Silva, lembrando que o dinheiro que o Estado paga para que os pensionistas atinjam o patamar da pensão mínima mesmo que não tenham anos de descontos para isso sai do Orçamento do Estado e não diretamente dos cofres da Segurança Social.
“Se não houver exigência na distribuição dos impostos de quem vive com 800 e 900 euros estes podem estar a pagar para pensões de pessoas que vivem com 2000 euros”, acrescentou.
O Governo quer discutir com os partidos a revisão das condições de recursos em 2017 para aplicar novas regras para atribuição de novas pensões previsivelmente em 2018.
































