O Governo português revelou que aguarda a publicação e o reconhecimento dos resultados das eleições de 30 de dezembro na República Democrática do Congo (RDCongo), para que se alcance a «normalidade institucional».
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, reconheceu que o processo de escrutínio dos votos na RDCongo «tem sido moroso», não só por se tratar de «um país imenso», como por ter «mais de 80 milhões de pessoas», mas salientou que «todas as organizações internacionais certificaram que as eleições decorreram de forma apropriada».
«Quer a União Europeia quer a União Africana o dizem e aguardamos a publicação dos resultados das eleições de 30 de dezembro», disse.
O momento pós-eleitoral na RDCongo é agitado, com a oposição e a Igreja Católica a pedirem «verdade dos resultados nas urnas».
Segundo dados do Consulado de Portugal no país, vivem no país africano pouco mais de meio milhar de portugueses.
«Naturalmente que estes momentos ninguém desconhece que são momentos de grande sensibilidade. Portugal tem tudo preparado para o apoio que a comunidade portuguesa venha a necessitar nestes momentos», acentuou o chefe da diplomacia portuguesa, acrescentando: «Julgo que não será preciso».
Nas eleições de 30 de dezembro, cerca de 40 milhões de eleitores estavam inscritos para eleger o sucessor do Presidente do país, Joseph Kabila, – no poder desde 2001 e impedido constitucionalmente de se recandidatar -, os deputados da Assembleia Nacional e os representantes provinciais.
Foto em destaque ©Myriam Asmani
































