Rui Rio fez esta quinta-feira uma declaração onde versou novamente sobre o atropelamento mortal em que esteve envolvido o carro onde seguia Eduardo Cabrita.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Rui Rio começou por dizer que “como tem sido público e notório”, a questão do atropelamento de um trabalhador na autoestrada A6, que provocou a sua morte, pelo carro onde vinha o Ministro da Administração Interna “tem andado de trapalhada em trapalhada e cada vez se entende menos”.
“Temos de saber se havia sinalização da obra ou não havia sinalização da obra, temos acima de tudo de saber a velocidade a que o carro vinha, e agora temos que saber mais uma coisa que eu não entendo: é que o carro que transportava o MAI pura e simplesmente não está registado na conservatória do registo automóvel”, avançou.
Segundo o líder social-democrata, a matrícula não consta dos registos, “o carro pura e simplesmente não está registado”.
Rio disse que procurou na legislação “para ver se havia alguma norma de exceção que dissesse que os automóveis do Estado, os automóveis do Governo, não carecessem de registo” e não a encontrou.
Já esta manhã, saliente-se, o líder do PSD reagiu, de forma crítica, a uma notícia que dava conta de que o BMW onde seguia o ministro Cabrita seguia em excesso de velocidade (mais de 200 km/h) quando se deu o atropelamento mortal, e que por alegada ordem superior a GNR estaria a ser impedida de fazer perícias ao veículo.
MAI: Carro envolvido em acidente tem “situação jurídica de apreendido”
O Ministério da Administração Interna esclareceu hoje que o carro em que seguia o ministro Eduardo Cabrita, envolvido num acidente mortal, encontra-se “na situação jurídica de apreendido” e tem uma guia para poder circular válida até maio de 2023.
“O veículo encontra-se na situação jurídica de apreendido e não foi declarado perdido a favor do Estado. Assim, para poder circular na via pública, a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) emitiu uma guia para que o veículo possa circular válida até 13 de maio de 2023”, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).
O esclarecimento do MAI surge após o presidente do PSD ter afirmado que o carro em que seguia o ministro da Administração Interna não estar registado e exigiu esclarecimentos, lamentando que a questão ande “de trapalhada em trabalhada”.