Há cada vez mais bebés no Luxemburgo e a comunidade portuguesa contribui significativamente para este aumento da natalidade.
Entre 2017 e 2019, nasceram 21.481 crianças no país, o que representa um aumento de 3,1% em relação ao triénio anterior, indica o novo Relatório trienal da vigilância da saúde perinatal, divulgado pelo Ministério da Saúde e o Instituto de Saúde Luxemburguês (LIH, na sigla inglesa). Um crescimento que é uma boa notícia, em relação ao período de 2016 e 2016 em que houve um decréscimo nestes números.
Entre 2017 e 2019 realizaram-se 21.081 partos no país, e dos bebés nascidos, 15,4% (3.238) têm mãe portuguesa. A seguir às luxemburguesas, as portuguesas do Luxemburgo foram quem tiveram mais filhos, seguidas das francesas (14%) e das belgas (4%).
Como reflexo da multiculturalidade do país, a maioria dos recém-nascidos possui mãe estrangeira e apenas 34,6% de luxemburguesas deram à luz, neste triénio, um número que decresceu ligeiramente (-0,7%).
Já as mulheres de nacionalidade de países fora da União Europeia residentes no Luxemburgo contribuem cada vez mais para o aumento da natalidade do Grão-Ducado: mais 18% deram à luz entre 2017 e 2019.
Transfronteiriços escolhem Luxemburgo
O número de parturientes transfronteiriças que escolhe ter o filho no Luxemburgo continua também a aumentar, representando 14% de todos os partos realizados no país.
Embora residentes nos países vizinhos, as futuras mães trabalham no Grão-Ducado e fazem aqui os seus descontos para a Caixa Nacional de Saúde, acabando por escolher as maternidades do país.
Entre 2017 e 2019, houve mais 13% de parturientes residentes na Alemanha e mais 10,3% de residentes em França. Já o número de partos de residentes na Bélgica diminuiu (-1,5%).
Este relatório trienal que analisa a saúde das mães e recém-nascidos no Luxemburgo, bem como a sua evolução de 2017 a 2019 revela ainda outro dado positivo: “No Grão-Ducado, o acompanhamento das mulheres grávidas é excelente: 99,6% das mulheres são acompanhadas por um profissional de saúde durante a gravidez e a maioria (92,6%) consulta um médico desde o primeiro trimestre de gravidez”.