A decisão sobre a data das eleições legislativas será anunciada na próxima quinta-feira, depois de ouvidos os conselheiros de Estado sobre a dissolução da Assembleia da República.
Marcelo Rebelo de Sousa disse, este domingo, que depois de ter ouvido os partidos políticos, nas audiências de sábado, percebeu que “uma parte era favorável” à dissolução da Assembleia da República e que outra, não sendo favorável, “aceitava” a decisão.
O chefe de Estado salientou que é preciso “compreender” que ninguém esperava “este processo”, desencadeado pelo chumbo do Orçamento do Estado, mas reforçou que o “o interesse nacional” tem de prevalecer em relação às situações internas dos partidos.
“Acho que ninguém esperava este desfecho. Até ao fim houve esperança de negociação e acordo”, admitiu Marcelo, que confirmou existir “algum consenso” em torno de 16 de janeiro para o dia das eleições, embora haja algumas variações entre partidos.
O presidente da República explicou que vão realizar-se dois conselhos de Estado na quarta-feira, um com a presença de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, sobre as perspetivas económicas e financeiras na Europa, em particular na zona euro, e seus reflexos em Portugal, e outro Conselho de Estado convocado para discussão da situação política após o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 no parlamento.