Mais de 1000 operacionais, apoiados por mais de 300 veículos, combateram o incêndio de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, aquele que mobilizou mais meios de socorro, segundo dados da Proteção Civil.
O número de mortos no incêndio que atinge Pedrógão Grande e outros dois concelhos do distrito de Leiria desde sábado aumentou para 64, disse o comandante operacional da Proteção Civil.
“Há populações que inspiram alguns cuidados, temos que garantir que as pessoas ficam em segurança”, afirmou, pedindo para que sejam cumpridas as indicações que são dadas pelos bombeiros e pela GNR.
Sobre o incêndio, o comandante indicou “70% está já dominado” mas que os “30% que continua ativo inspira ainda preocupação”.
O tenente-coronel da GNR confirmou a subida do número de vítimas mortais para 64. Existem também 135 feridos. Há ainda dezenas de deslocados.
O fogo, que deflagrou às 13H43 de sábado, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e entrou também no distrito de Castelo Branco, pelo concelho da Sertã.
O Governo decretou três dias de luto nacional, até hoje.
Marcelo quer evitar, para já, “frente” da discussão de falhas
Pela terceira vez em dois dias, o Presidente da República pediu que não se arranje “mais uma frente” de combate, com a discussão sobre o que fazer para evitar incêndios como o que começou em Pedrógão Grande.
Primeiro na sua mensagem ao país, no domingo, e ontem, por duas vezes, na sua segunda visita à zona afetada pelos incêndios, pediu para que essa “reflexão” se faça mais tarde.
A fórmula foi idêntica em Avelar (Ansião) e em Cernache do Bonjardim, com Marcelo a pedir que não se faça a discussão por enquanto.
“Estamos no momento de combate em que, a pouco a pouco, vamos conseguindo controlar a situação”, disse o chefe de Estado, pedindo que não se junte “mais uma frente” à “frente” de combater as chamas e apoiar as vítimas.
Depois, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em Avelar, mas também em Cernache, haverá “todo o tempo do mundo para falar de causas, reflexões”.
De críticas, Rebelo de Sousa respondeu com um sorriso quando uma jornalista lhe perguntou se não se chateava quando o criticavam por ir distribuir beijos.
Nestes momentos de dor, “os afetos ou chamem-lhe o que quiserem”, são necessários.