Onze dos 66 portugueses que se encontravam retidos no Peru já deixaram este país, informou esta segunda-feira, 19 de dezembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que prometeu “encontrar soluções” para os restantes 57.
A diplomacia portuguesa afirmou que os aeroportos de Cusco e Lima já estão a funcionar, depois de terem ficado bloqueados devido à crise política no Peru, o que reteve contra a sua vontade muitos estrangeiros naquele país, incluindo 66 portugueses (inicialmente, o Ministério tinha anunciado apenas cerca de 40 casos).
O Governo português garantiu que está a “acompanhar, caso a caso, esta situação”, e continua a “desenvolver todos os esforços para encontrar soluções” para o regresso dos portugueses, apesar de um grupo de sete jovens se ter queixado de que a Embaixada apenas os tem contactado, sem lhes ter apresentado propostas concretas para o seu regresso.
O Peru vive uma crise institucional e social desde que o Congresso demitiu o ex-presidente Pedro Castillo, a 07 de dezembro, depois de anunciar o encerramento do parlamento peruano e a formação de um executivo de emergência, no qual governaria por decreto, o que foi interpretado como uma tentativa de golpe de Estado.
Após a exoneração, a até então vice-presidente, Dina Boluarte, formou um Governo, mas os peruanos também responderam com protestos e manifestações.