Os reformados do Grão-ducado têm 23,5 anos, em média, para gozar a vida, desde que deixam o trabalho, surgindo em quarto lugar entre 34 países do mundo, num estudo. Portugal encontra-se 23º lugar, com 18,65 anos.
Após uma vida de trabalho, para milhares de portugueses passada longe do país natal, chega a idade da reforma. É então altura de concretizar o sonho que se tem desde o dia da partida para o país de acolhimento: regressar a Portugal. Ou então passar temporadas entre os dois países.
É tempo, finalmente de poder gozar a vida, sem filas de trânsito, sem horários para cumprir e voltar de novo para o país onde se cresceu. Depois de anos e anos a trabalhar quanto se pode ainda aproveitar a vida?
A idade da reforma e a esperança média de vida dependem de país para país, mas os reformados do Luxemburgo são os que têm mais tempo para aproveitar os anos de reforma, segundo um estudo mundial realizado pela seguradora britânica BGL.
O Luxemburgo encontra-se em quarto lugar entre 34 países, com 23,5 anos de esperança média de vida, após a reforma. Já Portugal surge, bem mais longe, em 23º lugar, com 18,65 anos, indica o estudo da BGL “Reforma? Quanto tempo para a gozar, pelo mundo?” realizado pelo seu site de comparação de preços “Compare the market”.
Entre os 34 países do mundo quem são os reformados que mais tempo têm para desfrutar do descanso após o último dia de trabalho? São os franceses, com quase 25 anos, concretamente, 24,8 anos, seguindo-se depois os espanhóis com 24,15 anos, em terceiro lugar os gregos, com 24,1 anos, e então os residentes do Luxemburgo, com 23, 65 anos. Em quinto lugar, estão os vizinhos belgas, com 23,3 anos. Já os vizinhos alemães estão muito afastados na tabela, ocupando o 14º lugar, com 20,8 anos.
Para chegar à esperança média de vida após a reforma o estudo apresenta a idade efetiva legal da reforma em cada país e a idade corrente em que os trabalhadores deixam de trabalhar, que é por norma mais tardia.
No Luxemburgo, a idade efetiva é de 60,9 anos, mas a idade corrente da reforma é aos 62 anos, ou seja, trabalha-se mais dois anos. Em França, a idade efetiva da reforma é de 60,8 anos e a idade corrente é de 63,3 anos e em Espanha a a idade efetiva de 61,7 e a corrente de 65 anos.
Em Portugal, a reforma chega cinco anos mais tarde do que no Luxemburgo, para os trabalhadores, sendo a idade efetiva da aposentadoria de 65,2 e a idade corrente da reforma de 66,95 anos.
O país onde os trabalhadores deixam mais tarde de trabalhar é a Coreia do Sul, ocupando o 34º lugar. Não é pela idade efetiva da reforma que é aos 61 anos, mas pela idade em que, de facto, os sul coreanos deixam de trabalhar, aos 72,3 anos, ou seja, mantêm-se no ativo mais 12 anos. Assim, a esperança média de vida após a reforma é de apenas 14,6 anos.
Este estudo foi baseado nos dados da Glance Database sobre Pensões de 2019, um relatório bienal sobre os sistemas de pensões dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).